Porto precisa de “espaço de grande dimensão” para as Feiras da Vandoma e Cerco

O vereador da Economia, Turismo e Comércio, diz que a autarquia “já procurou alternativas”, mas que “não há espaço físico para ter todos” cumprindo o distanciamento social e fala num futuro “feiródromo”.

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NFACTOS/Fernando Veludo

O vereador da Economia da Câmara do Porto, Ricardo Valente, afirmou que a cidade precisa de “pensar um espaço de grande dimensão” para realizar as Feiras da Vandoma e do Cerco, que permanecem encerradas por “não terem condições sanitárias”.

“A cidade tem de pensar um espaço de dimensão, que chamaria de feiródromo. Já estamos a pensar nisso, num espaço suficientemente grande onde pudéssemos ter um dia a Feira do Cerco e outro dia a Feira da Vandoma”, disse Ricardo Valente, durante a reunião da Assembleia Municipal do Porto, que decorreu na segunda-feira.

Em resposta à deputada Susana Constante Pereira, do Bloco de Esquerda, o vereador da Economia, Turismo e Comércio, esclareceu que a autarquia “já procurou alternativas”, mas que “não há espaço físico para ter todos" cumprindo o distanciamento físico imposto pelas medidas de controlo à pandemia da covid-19, acrescentando que a Feira da Vandoma tem 600 vendedores e a Feira do Cerco 200 comerciantes.

“Temos falado com os comerciantes da Vandoma e os representantes do Cerco. Já procuramos localização alternativa, já fomos aos locais, mas não há espaço físico para ter todos”, disse, salientando não ser por “falta de boa vontade” que as duas feiras não se realizam.

“Não é falta de boa vontade, é um constrangimento porque as feiras são de grande dimensão. Estamos a olhar para o problema, não temos é uma solução mágica para responder de forma imediata a estas duas questões”, referiu.

Ricardo Valente salientou ainda que esta é uma questão de saúde pública e que a impossibilidade de cumprir os dois metros de distância entre todos os comerciantes “impossibilita que mercados daquelas dimensões possam acontecer na cidade do Porto”.

A Câmara do Porto autorizou a 07 de Abril a reabertura de 26 feiras e mercados municipais não alimentares por considerar reunidas as condições de segurança, à excepção das Feiras da Vandoma e do Cerco.

As feiras que reabriram foram as Feiras Municipais de Antiguidades e Velharias, dos Passarinhos, da Numismática, Filatelia e Coleccionismo, da Pasteleira, do Artesanato da Batalha e o Mercado do Artesanato do Porto, o Mercadinho da Ribeira, o Mercado de Levante do Covelo e a Feira de Produtos Biológicos do Parque da Cidade.

A estas juntam-se as feiras promovidas por privados, designadamente o Flea Market, Urban Market, Mercado da Alegria, Mercado de S. Bartolomeu, Mercado de S. Miguel, Mercado da Terra, Mercado do Molhe, Sensations Market, Pink Market, Mercado das Marcas, Mercado da Serafina, Mercado Porto Belo, Mercadinho dos Clérigos e Família Desce à Rua, informava o despacho do presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira.

Na sessão ordinária da Assembleia Municipal do Porto, foram aprovados por unanimidade os Regulamentos Municipais do Mercado do Sol e do Mercadinho da Ribeira. Já o Regulamento Municipal do Mercado das Artes foi aprovado com a abstenção do PAN.