Santana pede uma “maioria clara e inequívoca”

Antigo presidente do PSD critica o “centralismo bacoco” e diz que quer ver a Figueira a “ganhar o comboio do futuro”.

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Pedro Santana Lopes está entusiasmado e convencido de que pode "melhorar a vida das pessoas" LUSA/RUI MIGUEL PEDROSA

O antigo líder do PSD, Pedro Santana Lopes, que neste domingo apresentou a candidatura à Câmara da Figueira da Foz, 24 anos depois o ter feito pela primeira vez, garantiu ser sua intenção cumprir os três mandatos para um município “liderante”.

“Venho para a Figueira entusiasmado e convencido de que posso melhorar a vida das pessoas. Não aceito ver uma série de terras a evoluir e a Figueira a marcar passo, com pessoas resignadas. Há um centralismo bacoco em Portugal, que castiga. E isso tem de ser combatido”, declarou o candidato que já foi presidente da Câmara da Figueira da Foz entre 1997 e 2001, eleito pelo PSD.

Desta vez, apresenta-se pelo movimento “Figueira a Primeira” e assume que quer ver a Figueira a “ganhar o comboio do futuro”. “A Figueira tem de ser liderante e estou convencido de que posso ser útil e porque gosto muito do trabalho autárquico”, afirmou, referindo estar de volta para “pôr o município na ordem”, elencando um conjunto de trabalhos que deviam ter sido feitos nos últimos anos, mas que, na sua opinião, ficaram por concretizar.

O antigo presidente social-democrata, que disse ter deixado a Figueira da Foz por um “imperativo nacional” para conquistar Lisboa, pediu “uma maioria clara e inequívoca” porque quer “trabalhar a sério pela melhoria de vida dos figueirenses”. Garante que se for eleito trabalhará a “tempo inteiro”, assumindo o pelouro das Obras Municipais e Infra-estruturas.

O candidato garantiu ainda que “nenhuma árvore será deitada abaixo, a não ser por razões de emergência pública”, e disse querer “uma Figueira atractiva o ano todo e não apenas no Verão”. Ao mesmo tempo, prometeu um município com mais “amor-próprio, com brio”, um concelho “limpo e ordenado”, sem “este caos que se vê por aí”.

“É preciso saber e acertar no caminho. Acertar na estratégia. É preciso constituir encarregados de missão, que custem pouco ao município, mas que levem os projectos por adiante”, defendeu.

Sobre a dívida que terá, eventualmente, deixado como presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana declarou que essa foi uma “boa despesa”, porque foi feita em equipamentos “que podem ser usados durante várias gerações”.

Garantindo mais apoios e “energia” para as associações e colectividades, o antigo primeiro-ministro exige para o município camas em unidades de cuidados continuados e anunciou que irá reduzir a dívida, sem prometer, para já, redução de impostos. Uma cidade “mais culta”, um porto “ampliado”, eventualmente com um “terminal” na margem esquerda do Mondego, são outras ideias do movimento “Figueira a Primeira” que Santana pretende levar avante se for, novamente, eleito pelos figueirenses.