Pavilhão do Casal Vistoso em Lisboa deixa de acolher pessoas sem abrigo no final do mês

Centro de acolhimento temporário está a funcionar desde Março de 2020 para acolher quem não tem casa. Novo centro terá capacidade para receber um máximo de 128 pessoas.

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Imagem do centro em Abril de 2020 Nuno Ferreira Santos/Arquivo

O pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, deixará de ter a função de centro de acolhimento de emergência para pessoas em situação de sem-abrigo no final do mês, regressando à prática desportiva, anunciou a autarquia da capital esta terça-feira.

“O pavilhão do Casal Vistoso já está com uma ocupação muito reduzida e será entregue ao desporto no final deste mês de Julho”, revelou o vereador dos Direitos Sociais da Câmara de Lisboa, Manuel Grilo (BE).

Falando na reunião plenária da Assembleia Municipal de Lisboa, no período de perguntas ao executivo da Câmara, o autarca acrescentou que as obras de requalificação do quartel de Santa Bárbara, em Arroios, que vai ser um centro de acolhimento para pessoas em situação de sem-abrigo, estão atrasadas.

Manuel Grilo estimou que a reabilitação do antigo quartel da GNR — inicialmente prevista estar concluída no início do verão — esteja concretizada em Setembro.

O vereador do BE (partido que tem um acordo de governação do concelho com o PS) justificou o atraso com o facto de terem sido “identificados problemas a necessitarem de reforço estrutural”.

Relativamente aos utentes do pavilhão do Casal Vistoso, Manuel Grilo referiu que, neste momento, são “menos de 40” e garantiu que será encontrada uma solução para os mesmos até ao final do mês, sem revelar qual.

O vereador dos Direitos Sociais disse ainda que o novo equipamento terá capacidade para acolher um máximo de 128 pessoas em situação de sem-abrigo, sobretudo da freguesia de Arroios.

Os quatro centros de emergência para sem-abrigo criados no âmbito da pandemia de covid-19, em funcionamento neste momento, estão instalados no Pavilhão do Casal Vistoso, na Casa do Lago (exclusivo para mulheres), na Pousada da Juventude do Parque das Nações e na Casa dos Direitos Sociais da autarquia (para onde foram transferidas no início de Outubro as pessoas que estavam no centro instalado no Clube Nacional de Natação).