Una giornata particolare com Nanni Moretti
A Itália à luz, ou na escuridão, da intimidade. É Tre Piani, súmula do universo morettiano e da sua arte fantasmática.
Se dúvidas houvesse sobre a forma como Nanni Moretti domina os espaços, o início da conferência de imprensa de apresentação de Tre Piani na competição da 74.ª edição do Festival de Cannes, e tudo o que se seguiu, aliás, iriam desfazê-las. Nanni começou por ignorar a moderadora, que apresenta os convidados da mesa, e tomou conta da missão em três tempos, aproximando da sua própria história um ritual que costuma ser mais ou menos oportuno, mais ou menos derivativo, consoante a capacidade do mestre-de-cerimónias. Nanni liderou, passou da apresentação dos produtores que o seguem desde o princípio, “quando havia cinema”, aos actores que observa há anos mas com quem só agora pôde trabalhar, como Alba Rohrwacher e Riccardo Scamarcio, que compõem o cast de inquilinos de um edifício romano de três pisos, cast que o inclui ainda a ele e à sua habitual Margherita Buy. Esse palazzo é o cenário do filme e do livro do israelita Eskhol Nevo que aqui é adaptado.
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