Depois de Cannes, os diários de Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes vão a Vila do Conde

Diários de Otsoga vai ter primeira exibição nacional no Curtas em Julho, a par do documentário de Helvécio Marins sobre o Clube Atlético Mineiro e da mosca de Quentin Dupieux.

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"Diários de Otsoga", o filme que Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes fizeram durante o confinamento de 2020 vai ter estreia nacional no Curtas de Vila do Conde

Diários de Otsoga, o filme que Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes fizeram durante o confinamento de 2020, vai ser revelado ao mundo na Quinzena dos Realizadores de Cannes e ao público português no Curtas Vila do Conde. O evento nortenho, que se desenrola entre 16 e 25 de Julho e já tinha tido a honra de estrear as três partes das Mil e Uma Noites em 2015, vai receber assim a estreia nacional do filme, que apenas chegará às salas de cinema em Agosto.

Não é a única das novidades anunciadas nesta quinta-feira pela organização do Curtas, que já revelara os títulos a concurso nas selecções internacional e experimental e a homenagem/retrospectiva dedicada à escocesa Lynne Ramsay. À exibição de Diários de Otsoga vêm-se juntar duas outras longas-metragens de cineastas regulares do festival de Vila do Conde. São elas Lutar Lutar Lutar, documentário assinado por Helvécio Marins Jr e Sérgio Borges, sobre a história do clube de futebol brasileiro Atlético Mineiro; e Mandibules, o mais recente delírio do francês Quentin Dupieux. 

Marins Jr., autor das longas Girimunho e Querência, foi igualmente um dos cineastas convocados para os filmes comemorativos do 20.º aniversário do festival; este novo documentário teve estreia europeia há poucas semanas no festival de Roterdão. Quanto a Dupieux, de quem conhecemos obras tão fora do baralho como Pneu ou 100% Camurça, tem em Mandibules, que foi estreado em Veneza 2020 e chegará este ano às salas portuguesas, a sua mais recente comédia excêntrica, desta vez à volta de um par de amigos e da mosca gigante que encontram num carro roubado e que querem treinar para fazer assaltos.

Colectivo de jazz experimental Chão Maior, liderado pelo trompetista Yaw Tembe, trará a palco o seu álbum "Drawing Circles" ilustrado por imagens do realizador Igor Dimitri
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Colectivo de jazz experimental Chão Maior, liderado pelo trompetista Yaw Tembe, trará a palco o seu álbum "Drawing Circles" ilustrado por imagens do realizador Igor Dimitri

A par destes títulos, o Curtas revelou igualmente a secção de filmes-concerto, Stereo, com actuações da harpista espanhola Angelica Salvi (sonorizando o filme mudo de 1916 de Lois Weber, Shoes), e do colectivo de jazz experimental Chão Maior, liderado pelo trompetista Yaw Tembe, que trará a palco o seu álbum Drawing Circles ilustrado por imagens do realizador Igor Dimitri.

O Curtas Vila do Conde contará também com uma presença online à imagem de 2020 — efeito da situação de pandemia — e verá a sua programação finalizada no início do mês. As selecções já anunciadas podem ser consultadas em http://festival.curtas.pt

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