A luta das redeiras e outras histórias do rio Minho
Do lado de lá fala-se de desfronteirização — da eliminação da fronteira entre dois países que quase não existe — e na valorização das duas margens do rio Minho. A Fugas passou um dia a descobrir coisas que estão escondidas na paisagem galega.
Quando entrámos na sua “nave”, Carmiña e as suas colegas já tinham vestido a t-shirt branca “S.O.S. redeiras legais em perigo de extinção”. O pai tinha redes e desde pequenita que aprendeu a fazê-las. Aos 12 anos foi trabalhar a repará-las. “Ganhar a jorna.” Trabalhou noutras coisas, mas às tantas queria “dignificar um pouco o ofício” numa zona onde se fazem muitas redes, mas onde “legalmente ninguém as faz”. Para lutar contra esta “economia submersa”, em 2005 Carmiña Barbosa criou “uma associação para todas”. “Uma luta”, diz aos 59 anos numa “nave” enorme na doca de A Guarda — quase, quase no limite sul da costa galega — atafulhada de redes e de ferramentas usadas numa causa.
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