Ambições nucleares no Médio Oriente: o Irão

É ilusório pensar que a ambição nuclear do Irão poderia ser parada com a eleição (cosmética) de um presidente iraniano moderado, ou que se trata de um caso único não replicável por outros.

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Reunião da JCPoA em Viena Reuters

1. Desde o surgimento da arma atómica em 1945, como a mais poderosa e destrutiva alguma vez inventada pela humanidade, que as suas implicações militares, políticas e estratégicas são enormes. Apesar dos seus efeitos potencialmente devastadores para o ser humano e o planeta serem bem conhecidos, continua a ser vista como um instrumento de poder e de prestígio muito ambicionado. Atrai diversos Estados no mundo que não a têm, mas ambicionam dispor futuramente dela. Até agora, entre as potências que chegaram a um patamar efectivo nuclear-militar, nenhuma recuou abdicando do seu armamento nuclear. Houve casos de abandono voluntário de programas nucleares que ambicionavam fins militares (África do Sul, Líbia) e de outros forçados, como o do Iraque, mas nenhum dos países em questão tinha atingido o patamar efectivo de potência nuclear-militar.

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