Caminho de Santiago: Amarante alberga primeiro congresso internacional

Um extraordinário caminho com muito para caminhar e para conversar: dias 17 e 18 de Junho debate-se em Amarante, com transmissão online, a paixão da caminhada e a espiritualidade inerente, o turismo e o património. Um encontro que se quer realista: também se vão discutir os caminhos portugueses “entre o entusiasmo e a inoperância”.

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“O Caminho de Torres: oportunidade e estratégia regional”, “Um caminho, muitos caminhos'’. A gestão de um património singular”, “Caminhos de Santiago em Portugal: entre o entusiasmo e a inoperância”, a “A experiência associativa nos Caminhos de Santiago: opções e limites de intervenção”. Estes são temas que vão estar em debate no Centro Cultural de Amarante, a 17 e 18 de Junho. É o I Congresso Internacional do Caminho de Santiago, onde a estrela será o renovado Caminho de Torres.

Organizado em formato híbrido (presencial para oradores e parceiros do projecto e online para o público em geral), o Congresso vai ter como oradores autarcas do Norte de Portugal e da Galiza, presidentes das Comunidades Intermunicipais, a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, o presidente do Turismo de Portugal e a ministra da Cultura, Graça Fonseca, que fará o encerramento da iniciativa a partir das 16h40 no dia 18.

Mais informações e inscrição para assistir online aqui

O “ novo” Caminho de Torres

No centro de atenções do congresso está o caminho que homenageia Diego Torres, escritor e professor catedrático de Salamanca que esteve exilado em Portugal: é o Caminho de Torres, cuja requalificação parcial foi oficialmente anunciada na semana passada no Santuário da Lapa, na Quintela, em Sernancelhe (Viseu).

Por mais de 560 quilómetros divididos entre terras lusas e espanholas, o caminho passa por 15 municípios portugueses. Em 2016, as cinco Comunidades Intermunicipais do Norte de Portugal juntaram-se num projecto que inclui o levantamento e sinalização do percurso – um investimento de 1,06 milhões de euros.

“A candidatura que está a ser feita pela Secretaria de Estado do Turismo é que este caminho seja reconhecido e valorizado como Património Mundial”, comentava na apresentação o presidente da Comunidade Intermunicipal do Douro (e da autarquia de Sernancelhe) Carlos Silva Santiago, rematando: “Se assim for, passamos a ter quatro na região do Douro: o Alto Douro Vinhateiro; o Vale do Côa; o Barro Preto de Bisalhães e podemos ter este (Caminho de Torres)”.


Texto editado por Luís J. Santos

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