Gastão Elias não chegou como queria à final do Challenger Oeiras 4

Na sua 19.ª final do Challenger Tour, o tenista português vai defrontar o número um mundial de juniores.

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Foi com um sabor amargo que Gastão Elias qualificou-se para a final do ATP Challenger Oeiras 4. O tenista da Lourinhã tinha acabado de fechar o segundo set de um encontro muito equilibrado com Nuno Borges, quando viu o compatriota anunciar o seu abandono, devido a uma entorse contraída minutos antes. No domingo, procura o oitavo título neste circuito e o primeiro desde Outubro de 2017.

“Felizmente estou na final, infelizmente não da forma mais desejada. Nem para mim, nem para os portugueses, nem para os adeptos do ténis. Nunca é positivo quando alguém não consegue terminar o jogo porque está lesionado, mas é algo a que estamos sujeitos em alta competição. É uma sensação agridoce, mas fico feliz por ter mais uma oportunidade de competir e ir atrás do título”, salientou Elias (292.º ATP), depois de o encontro ter ficado concluído com os parciais de 4-6, 7-5.

Borges (275.º) torceu o pé a 5-5 (30-30), mas as dores eram muitas para disputar um terceiro set e acabou por deixar o court em lágrimas, depois de reconfortado por Elias. “Nesse aspecto tive sorte por ser o Gastão. Ele disse-me que estas coisas acontecem e para eu não me preocupar porque vou ter a oportunidade de ganhar mais destes. Tenho de acreditar nisso para voltar ainda mais forte”, afirmou Borges que sai do Oeiras Open 4 com a certeza de vir a ocupar o 272.º lugar do ranking ATP, um novo máximo pessoal.

“Não é o fim do mundo, acontece e custa um bocadinho a aceitar, ainda mais porque estava a jogar uma meia-final e estava bem, com confiança e a jogar um bom ténis, com hipóteses de vencer este torneio… Custa a aceitar, mas vai passar rápido. Fico triste por não poder terminar o jogo, mas pode ser que desta vez dê a vitória do Challenger ao Gastão”, concluiu Borges.

Elias é o tenista português com mais presenças em finais do ATP Challenger Tour, 18, tendo já triunfado em sete, mas para igualar Rui Machado, que detém o recorde nacional de oito títulos, terá que derrotar na final (13 horas) o actual número um no ranking mundial de juniores, Holger Rune (313.º) – a quem venceu, já este ano, na final de um torneio do circuito ITF.

Na meia-final do Oeiras 4, o dinamarquês de 18 anos venceu o último sobrevivente do qualifying, o cazaque Timofey Skatov (441.º), por 6-2, 3-6 e 6-2, e terminou o encontro de duas horas e meia com cãibras. “Foi um encontro difícil. Em condições muito quentes e ventosas não é fácil, especialmente contra jogadores que jogam com muito spin. Estou feliz por ter encontrado uma forma de ganhar no final”, disse Rune, que vai estrear-se em finais no Challenger Tour, dois meses depois de ter atingido os quartos-de-final do ATP Tour de Santiago do Chile.

O título de pares foi para os holandeses Jesper De Jong e Tim Van Rijthoven, que vieram ao Jamor acompanhados pelo treinador Paul Haarhuis, antigo número um mundial de pares (e 18.º em singulares) nos anos 90.

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