A masculinidade e a feminilidade na ponta da unha
Gosta de namorar com símbolos fortes, a portugalidade ou a masculinidade, mas para os desestabilizar, criando novas narrativas e uma música e entidade estética onde o popular é revisto por um olhar singular. Chama-se Pedro Mafama e lança-se Por Este Rio Abaixo.
A primeira impressão marcou. Há quase quatro anos, pelas seis da manhã, em noite de aniversário do Lux-Frágil, em Lisboa, preparávamo-nos para abandonar o local e alguém nos tocou nas costas. Tinha algo a dizer. Antes que pudéssemos expor seja o que fosse, já ele argumentava que Lisboa era fado, e era kizomba, e era kuduro, e era hip-hop e era Europa, e era Atlântica e era Árabe, e que tudo isso tanto podia ser conflituoso como ser motivo de celebração. Dizia-o de olhos brilhantes, mistura de lucidez, inocência e paixão. Concordámos, mas sem perceber o motivo da abordagem. Até que ela surgiu: “A minha música é sobre isso.”
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