Os espectros que nos roubam a alegria de viver
Um drama doméstico de Ibsen que nos exorta a todos a reconhecer os fantasmas que nos paralisam e o preço que pagamos por não nos livrarmos deles. Espectros estreou-se no teatro Carlos Alberto, numa intensa encenação de Nuno Cardoso.
Com o Teatro Nacional São João (TNSJ) fechado para obras, a encenação de Nuno Cardoso da peça Espectros, do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen (1828-1906), subiu esta quinta-feira ao palco do Teatro Carlos Alberto. Em 1881, quando a peça foi publicada, a burguesia norueguesa não perdoou a Ibsen o elogio das uniões extra-matrimoniais (a que a época chamava “amor livre”), o tópico interdito das doenças venéreas, a complacência com o incesto e a eutanásia e, sobretudo, a crua exposição da sua própria hipocrisia moral. Mas não receie o espectador português do século XXI, que não lhe faltarão aqui outros motivos de desconforto. Nem espectros à sua medida.
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