PSD 16 pontos abaixo do PS e em mínimos desde 2019

Estudo mensal da Intercampus dá aos sociais-democratas apenas 21,7%. Bloco e Chega continuam empatados no terceiro lugar. CDS não descola do oitavo e Livre parece voltar a eleger.

Foto
O PSD de Rui Rio continua em queda nas sondagens MIGUEL A. LOPES

O PSD não pára de cair nas sondagens: a diferença para o PS alargou-se agora para 16 pontos e os sociais-democratas chegam ao patamar mais baixo pelo menos desde as legislativas de 2019. A sondagem da Intercampus de Maio para o Correio da Manhã e o Jornal de Negócios mostra hoje o PSD (21,7%) a 16,2 pontos do PS (37,9%), com a descida dos sociais-democratas e a manutenção do CDS (2,9%) no oitavo lugar a darem uma contribuição para que a direita fique cada vez mais longe de conseguir ultrapassar a chamada “geringonça” (mesmo sem o PAN).

A sondagem foi realizada com base em 610 entrevistas entre os dias 5 e 11 de Maio, ou seja, poucos dias depois da entrevista em que António Costa apelidava Rui Rio de “catavento” por causa das propostas que este fazia para a área da Justiça e o presidente do PSD classificou as declarações do primeiro-ministro de “entrevista rasteira”. Nessa altura, estava também activa a cerca sanitária às duas freguesias de Odemira devido aos casos de covid-19 entre a comunidade trabalhadora migrante nas estufas agrícolas e de floricultura. O que terá levado a que a avaliação do ministro da Administração Interna, que era em Abril considerado por 15,1% dos inquiridos como o pior ministro do executivo, piorasse: agora é considerado o pior por 27% das respostas.

Voltando aos partidos e à intenção de voto, caso as eleições legislativas fossem hoje, a meio da tabela, o Bloco e o Chega mantêm-se em empate técnico no terceiro lugar, com 8,3%. A CDU continua em quinto, embora suba para 5,5%, e recupera distância face ao PAN que se mantém na faixa dos 4,8%. Já a Iniciativa Liberal continua a perder terreno, encolhendo ligeiramente para 4,2% depois do balão de oxigénio das presidenciais.

Quem também volta a descer são os centristas, que deixam fugir a linha dos 3%, ficando-se pelos 2,9%. Já o Livre volta a ter a possibilidade real de eleger um representante, com uma intenção de voto de 1,3% (em 2019 obteve 1,09%).

Sugerir correcção
Ler 7 comentários