Bill Gates investigado por envolvimento com funcionária

O empresário foi acusado de tentar iniciar um relação romântica, em 2000, com uma trabalhadora da empresa que co-fundou.

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Reuters/CHARLES PLATIAU

A Microsoft levou a cabo uma investigação sobre o envolvimento do seu co-fundador, Bill Gates, com uma funcionária, depois de ter surgido a suspeita, há dois anos, de que o empresário tinha tentado uma relação romântica com a mesma em 2000, confirmou a empresa norte-americana, nesta segunda-feira.

“Uma comissão do Conselho de Administração analisou a questão, auxiliada por um escritório de advogados, externo, para levar a cabo uma investigação minuciosa. Ao longo desta, a Microsoft prestou um amplo apoio à funcionária que fez a queixa”, afirmou a empresa em comunicado.

De acordo com um artigo publicado este domingo no Wall Street Journal, citando pessoas que estão a par deste tema, o ano passado, a direcção da Microsoft decidiu que o envolvimento de Gates com a funcionária foi inapropriado e que este precisava de se demitir. O porta-voz da empresa recusou-se a comentar o assunto.

No entanto, numa declaração ao mesmo jornal, um porta-voz do multimilionário negou a informação. “Houve um caso há quase 20 anos que terminou amigavelmente. A decisão de Bill [Gates] de sair do Conselho de Administração não esteve, de modo algum, relacionada com este assunto”, disse. “Na verdade, Bill Gates já tinha manifestado interesse em passar mais tempo no seu trabalho de filantropia, iniciado há vários anos”, justificou. Um porta-voz da Fundação Gates sublinhou à Reuters a mesma informação. Recorde-se que em Março de 2020, o empresário deixou o conselho de administração da Microsoft para, segundo as suas palavras, se focar mais na filantropia.

Bill Gates e a mulher Melinda anunciaram o divórcio no início deste mês. Estavam casados desde 1994, num total de 27 anos. A fundação criada por ambos permanecerá em actividade.