Bombeiros que fotografaram a cena do acidente de Kobe Bryant poderão ser despedidos

A revelação foi feita no âmbito de uma acção judicial interposta por Vanessa Bryant contra o Departamento dos bombeiros por invasão de privacidade.

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Kobe Bryant e a filha Gianna, aqui numa fotografia de 2019, morreram num acidente de helicóptero Reuters/USA TODAY USPW

Dois bombeiros do condado de Los Angeles, acusados de tirar fotografias da cena do acidente de helicóptero que causou a morte de Kobe Bryant e da sua filha Gianna, terão sido notificados de que seriam despedidos. Sobre um terceiro, haverá a intenção de aplicar uma suspensão. A decisão estará relacionada com uma acção judicial interposta pela viúva do ex-basquetebolista, Vanessa Bryant, por invasão de privacidade, em Setembro do ano passado.

Vanessa Bryant processou o condado de Los Angeles na sequência de relatos dos meios de comunicação social de que os socorristas tiraram fotografias das vítimas e mostraram-nas a outras pessoas em circunstâncias não relacionadas com a investigação do acidente.

Inicialmente, a viúva processou o departamento do xerife, alegando que os agentes usaram os seus telemóveis pessoais para tirar fotografias das vítimas “para a sua própria gratificação pessoal”. A acção foi posteriormente alterada para incluir o Departamento dos bombeiros, acusando-o de actos semelhantes.

A revelação da intenção das demissões e da suspensão foi feita pelos advogados de Bryant num documento que apresentaram ao Tribunal Distrital dos Estados Unidos do Distrito Central da Califórnia. “As cartas [enviadas] anunciavam uma ‘intenção de dispensa’ de dois dos destinatários e uma ‘intenção de suspensão’ de um terceiro”, lê-se no documento, relativamente aos relatórios de investigação enviados aos três bombeiros disciplinados. O documento apenas refere as cartas, ao invés de as anexar como provas, para respeitar as preocupações de privacidade levantadas pelos arguidos e para evitar mais burocracia.

Os bombeiros não responderam de imediato a um pedido de comentário da Reuters e, de acordo com a NBC News, um porta-voz do Departamento recusou-se a comentar o caso ou a confirmar os despedimentos e suspensão dos funcionários por o litígio ainda estar pendente.

Vanessa Bryant apresentou também uma queixa de homicídio contra o operador do helicóptero.

Além do basquetebolista e da sua filha de 13 anos, morreram outras sete pessoas no acidente, tendo sido criado um fundo para apoiar as famílias.