Avi Loeb: “Se os humanos estão a enviar aparelhos para o espaço, deveríamos procurar os que tenham sido enviados por outros”
O astrofísico da Universidade de Harvard acredita que o preconceito quanto à existência de civilizações extraterrestres não deve vazar para a ciência e que se deviam procurar vestígios à deriva pelo espaço que não tenham origem natural nem tenham sido criados por humanos. “Sabemos que as condições para que existamos estão replicadas em milhões de outros planetas.”
Avi Loeb sabe que as suas ideias são controversas. Para o astrofísico da Universidade de Harvard, a possibilidade de se encontrarem vestígios de vida extraterrestre deve estar em cima da mesa quando se analisam fenómenos estranhos. Neste caso, fala do objecto interestelar Oumuamua, o primeiro “visitante” detectado pelos humanos vindo de fora do nosso sistema solar. Há anomalias por explicar – a órbita pouco comum sem uma cauda cometária, a forma extrema e a luminosidade intensa – nesse objecto que quase todos os cientistas consideram ser de origem natural. Mas Avi Loeb entrou em confronto com os restantes académicos ao defender que pode tratar-se de um vestígio tecnológico criado por outros seres que não os humanos. Um pedaço de lixo espacial, resquício de uma tecnologia alienígena. “É só uma hipótese – mas é uma hipótese científica”, escreve no livro Extraterrestres (editado pela Oficina do Livro) e lançado no final de Abril em Portugal, em que explica os argumentos que podem fazer do Oumuamua um objecto extraterrestre.
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