A tempestade perfeita de Matthew E. White e Lonnie Holley

Matthew E. White, o mestre da Americana de Big Inner, e o artista plástico, músico e pianista Lonnie Holley encontraram-se de forma inesperada. Guiados pelas lições do Miles Davis eléctrico, criaram uma obra poderosa, reflexo estilhaçado do nosso presente obcecado por tecnologia.

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Tamir Kalifa e Shawn Brackbill

Matthew E. White tem muitas boas histórias para contar. Como aquela em que decidiu matar o tempo antes de um concerto em Lisboa num bar e, curioso com um recipiente de aspecto centenário que guardava absinto, pediu dois, um para si, outro para o tour manager que o acompanhava na digressão. Quando a conta chegou, marcava 150 euros. Um grito espantado depois, lá pagou a quantia — “explicaram que era um absinto vintage qualquer e eu não quis fazer o papel de americano parvalhão”. Pouco depois, nessa noite de 2014, estava no Musicbox, ao início da madrugada, a tocar sozinho, descarnadas, as opulentas canções de Big Inner, a sua magnífica estreia a solo.

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