Uma violência soberanamente insuportável
Metáfora de uma relação maternal num mundo de afectos erodidos, A Cadela traz uma escritora de uma precisão invulgar. Chama-se Pilar Quintana e é preciso segui-la.
A concisão, o silêncio, a falta de palavras para expressar sentimentos ou a brutalidade das que existem para comentar factos formam uma narrativa cheia de simbolismo, dura, reveladora de uma das vozes mais intensas da actual literatura da América Latina. Pilar Quintana, 49 anos, escritora e guionista, natural de Cali, cidade a Sudoeste da capital Bogotá, na Colômbia, exercitou o seu poder de concisão numa narrativa que é também, entre tantas outras coisas, sobre a origem do Mal. Seja enquanto acção ou modo de olhar o mundo. Que germe é esse? O que o desencadeia, como pode ficar silenciado, escondido, como pode trair quem menos o espera conter?
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