A tetracampeã olímpica de ginástica Simone Biles estabeleceu uma nova parceria na área do vestuário, desta vez com a marca Athleta, da Gap, cessando o seu contrato de quase seis anos com a Nike. “Eles estão empenhados na diversidade e inclusão, o que era realmente importante para mim ver num parceiro”, justificou a ginasta.
Biles, de 24 anos, a atleta mais condecorada da história na sua modalidade, anunciou nesta sexta-feira a mudança, na sua página de Instagram, onde explicou que queria associar-se a uma marca que partilhe a mesma “paixão em ajudar as raparigas a erguerem-se e a alcançarem o seu potencial ilimitado”. Quando questionada pela Reuters sobre a saída da atleta, a Nike não se pronunciou.
A mudança é um golpe para a gigante do desporto, que durante anos tentou, com resultados variados, crescer no lucrativo mercado do vestuário desportivo feminino, lançando linhas de ioga, plus size e de maternidade. De acordo com Michael Faherty, gestor de portefólio na Adidas e na firma de investimentos Seilern Investment Management, investidora na Nike, “a roupa feminina tem sido o que a Nike menos vendeu ou que menos receita gerou no passado”.
Para competir com marcas como Lululemon e Under Armour, a Nike tem gasto milhões a estabelecer contratos com Simone Biles e outras grandes atletas, incluindo as tenistas Serena Williams e Naomi Osaka. Nos últimos dois anos, estes negócios têm ajudado a Nike a crescer e a ultrapassar outras marcas no vestuário feminino.
Athleta, fundada em 1998 como uma marca para atletas mulheres, planeia co-criar uma linha de roupa desportiva com Biles bem como conceber outros produtos exclusivos. Além disso, segundo o Wall Street Journal, a empresa também se terá comprometido a apoiar a digressão de ginástica pós-Olimpíadas de Tóquio que Biles está a planear fazer sozinha, em vez da digressão habitual apoiada pelo órgão regulador USA Gymnastics.
Biles não é a primeira atleta patrocinada pela Nike a juntar-se à Athleta. Em 2019, Allyson Felix, seis vezes campeã olímpica, também começou uma parceria com a Gap, após escrever um artigo de opinião no New York Times sobre ter enfrentado potenciais cortes salariais por parte da Nike por ter filhos. Mais tarde, a Nike comprometeu-se a não penalizar financeiramente as atletas grávidas.