FC Porto fez os mínimos mas manteve a perseguição ao Sporting
Os campeões nacionais venceram o Nacional e voltaram a reduzir a distância para o líder do campeonato para seis pontos.
Foi com uma exibição sofrível que o FC Porto derrotou, neste domingo, o Nacional. Um golo de Taremi, aproveitando um erro do guarda-redes dos insulares, foi o suficiente para garantir os três pontos aos “dragões”, que voltam a ter “apenas” seis de atraso em relação ao líder Sporting.
Na ressaca da eliminação da Liga dos Campeões às mãos do Chelsea, o futebol produzido pelos portistas na Choupana esteve longe de ser brilhante. A equipa de Sérgio Conceição surgiu cansada.
A jogar na Choupana cinco dias depois do embate da Champions, em Sevilha, foi inevitável que a fadiga se notasse em muitos dos jogadores. Até porque, face ao “onze” que iniciou a partida contra os “blues”, o treinador “azul e branco” fez apenas duas alterações (Marega, por opção, e Otávio por lesão).
Era um sinal de que Conceição não encarava a partida contra o último da tabela — que chegou a este jogo com oito derrotas consecutivas às costas — como um desafio de grau de dificuldade menor.
E como que para dar razão ao treinador portista, o Nacional criou problemas logo no início da partida. Com Zaidu muito desinspirado e desconcentrado, os nacionalistas tentavam aproveitar o espaço nas costas dos defesas portistas para lançar rápidos contra-ataques. E foi num desses lances que João Camacho foi mais veloz do que o defesa portista que, na tentativa de travar o português, rasteirou-o no interior da área — penálti indiscutível que Éber Bessa falhou, permitindo uma excelente defesa de Marchesín.
Ainda não tinham passado dez minutos de jogo e já o FC Porto tinha sofrido um susto valente.
Apesar de manter o domínio da partida, notava-se que faltava ao FC Porto o repentismo e a vivacidade que muitas vezes desbloqueiam os jogos, mas havia esforço.
E foi, precisamente, num momento de esforço de Taremi que o golo portista surgiu. O avançado iraniano foi pressionar o guarda-redes António Filipe, que aliviou mal bola, por causa da presença de Taremi. Corona recuperou o esférico e devolveu ao iraniano, que não desperdiçou (20’).
Estava feito o mais difícil e a partir desse momento, o FC Porto foi gerindo o jogo e o resultado.
No primeiro tempo, sempre utilizando a mesma táctica de explorar as costas da defesa “azul e branca”, o Nacional ameaçou um par de vezes, mas foi do FC Porto a jogada mais perigosa antes do intervalo, quando Grujic serviu Taremi no coração da área nacionalista mas, desta vez, o remate do avançado portista saiu frouxo e ao lado do alvo.
No segundo tempo, Conceição tentou resolver de vez o encontro e colocou em campo Toni Martínez e Marega. O treinador portista estava convencido que, marcando o segundo golo, teria os três pontos na mão e procurou dar um pouco mais de velocidade, força e espontaneidade ao ataque nesses minutos iniciais. Mas as pernas pesavam e o FC Porto continuou incapaz de “meter a sexta”.
Do outro lado, o Nacional também não revelava ter arte suficiente para ultrapassar um experiente “dragão”. Um livre de Rúben Micael ainda causou calafrios aos “azuis e brancos”, mas foi só isso. E com a partida a arrastar-se sem grandes ocasiões de golo, o FC Porto foi conseguindo gerir a curta vantagem e até lhe pertenceu a derradeira oportunidade de golo, já nos instantes finais, obrigando António Filipe a aplicar-se.