Oliveira cai e não repete a pole position da temporada passada

Português ficou-se pelo 10.º tempo numa qualificação em que o francês Fabio Quartararo alcançou a pole position. No regresso à competição, Marc Márquez foi o sexto mais rápido.

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Miguel Oliveira não foi feliz na qualificação Reuters/PEDRO NUNES

O regresso de Miguel Oliveira ao circuito de Portimão não está a ser tão mágica como a estreia do piloto da KTM no Grande Prémio (GP) de Portugal de MotoGP há quase cinco meses. Em Novembro do ano passado, o jovem de Almada conquistou aqui a primeira pole position da carreira na categoria rainha da velocidade, partindo para um triunfo folgado na corrida que se seguiu. Este ano, uma queda a um minuto do final da qualificação afastou o português dos lugares cimeiros da grelha de partida. Ficou-se pela 10.ª posição na segunda sessão de classificação deste sábado, na qual o francês Fabio Quartararo (Yamaha) garantiu o primeiro lugar para a terceira prova do Mundial (SPTV2, 13h).

“Não estou a 100%, tenho feridas nas mãos e braços e numa perna. Mas não há muito mais que possa fazer do que gelo e tentar reduzir a inflamação”, lamentou Oliveira no final.

Tudo por causa de uma queda quando o piloto tentava melhorar o tempo e perdeu a frente da sua moto. “A quarta fila da grelha é o que temos de aceitar”, concluiu. “Com estes pneus, não sabemos [o que vai acontecer este domingo]. Vamos saber na corrida o que conseguimos fazer. Espero uma corrida suave e ganhar lugares desde o arranque”, acrescentou, sem querer elevar muito as expectativas.

A grande figura da qualificação foi Quartararo, segundo classificado no Mundial, a quatro pontos do seu compatriota Johann Zarco (Ducati), que encerrará amanhã a primeira linha da grelha de partida. Entre os dois, estará o espanhol Alex Rins (Suzuki).

Quartararo chegou a perder a pole nos instantes finais da segunda sessão (Q2), após uma volta relâmpago de Francesco Bagnaia (Ducati), que estabeleceu um novo recorde do circuito. Mas não valeu, já que o italiano acabou punido pela direcção da corrida por não respeitar uma bandeira amarela (que impede ultrapassagens devido a uma situação de perigo na pista) e, como tal, largará da 11.ª posição.

Quem também se destacou na qualificação foi o multicampeão espanhol Marc Márquez, que regressou à competição após meses a recuperar de uma grave lesão, que o fez perder praticamente toda a temporada passada e as duas primeiras corridas de 2021. O piloto da Honda, ainda debilitado, registou o sexto melhor tempo, depois de ter sido repescado da primeira sessão de qualificação (Q1).

“Logicamente não posso dizer a 100% de que irei terminar a corrida. Não sei. Vou correr e estou aqui porque estou confiante que sim, que posso terminar”, referiu ao jornal espanhol Marca no final da sessão.

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