Paulo Fonseca voltou a ser feliz. Roma está nas “meias” da Liga Europa

O Ajax foi superior nos dois jogos frente à Roma, mas acabou por cair nestes quartos-de-final.

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Ajax e Roma voltaram a proporcionar um jogo com golos Reuters/ALBERTO LINGRIA

Roma-Manchester United e Arsenal-Villarreal são os jogos das meias-finais da Liga Europa 2020/21. O favoritismo teórico prevaleceu e, nesta quinta-feira, as equipas mais cotadas confirmaram o bilhete para a próxima fase.

O Manchester United venceu o Granada por 2-0 e repetiu o triunfo da primeira mão, o mesmo que fez o Villarreal (2-1) ao Dínamo Zagreb. Já o Arsenal chegou a um confortável 4-0, em Praga, frente ao Slavia, depois de um empate em casa na primeira mão.

Mais emocionante acabou por ser o jogo que permitiu o apuramento da Roma, do treinador português Paulo Fonseca, que empatou (1-1) frente ao Ajax, depois de um triunfo por 2-1 em Amesterdão, na primeira mão dos quartos-de-final.

Há uma semana, o Ajax dominou totalmente a partida – mais posse, mais ataques e mais oportunidades –, mas perdeu. Nesta quinta-feira, os holandeses voltaram a dominar o jogo, mas caíram. Caíram numa eliminatória em que foram superiores nos dois jogos.

Na capital italiana, a primeira parte foi totalmente dominada por quem tinha de o fazer: o Ajax. A precisarem de dois golos, os holandeses, que já tinham dominado o primeiro jogo, foram, porém, mais audazes do que é habitual neste tipo de contexto – desvantagem de dois golos, jogando fora de casa.

A equipa de Amesterdão, sem medo de sofrer um golo que “fechasse” a eliminatória, esteve permanentemente com oito jogadores no meio-campo italiano, deixando, por vezes, apenas os dois centrais e o guarda-redes prontos para defender possíveis transições da Roma. E elas aconteceram.

Aos 5’, Pellegrini correu sozinho desde o meio-campo e, já na área, com pressão defensiva, rematou fraco. Ainda houve um golo anulado a Veretout – a Roma poderia ter encerrado a eliminatória ainda antes dos dez minutos –, mas a restante primeira parte só deu Ajax.

Os holandeses jogaram em ataque posicional durante grande parte do tempo, mas o bloco italiano, muito denso, permitiu poucas oportunidades de golo. A mais clara aconteceu aos 13’, num lance de Klaassen. E foi só.

No início da segunda parte, a Roma permitiu espaço nas costas da defesa pela primeira vez. E o Ajax, pela primeira vez, pôde explorar a profundidade. Bryan Brobbey, entrado ao intervalo, para dar à equipa um verdadeiro avançado, apareceu à frente de Pau López e finalizou.

Aos 55’ houve golo anulado ao Ajax e este foi o sinal de alerta para os italianos “acordarem”. Tranquilizaram-se, acertaram marcações e, sobretudo, começaram novamente a sair para o ataque. E foi numa dessas saídas, aos 72’, que Dzeko finalizou, ao segundo poste, um cruzamento de Calafiori.

Aqui, o jogo “morreu” um pouco, já que o peso de um golo seria tremendo: marcado pelo Ajax daria prolongamento, marcado pela Roma encerraria as dúvidas. Este receio acabou por tornar o jogo menos ofensivo e, globalmente, menos interessante. Sobreviveu a Roma.

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