Chuva e granizo destruíram culturas agrícolas e equipamentos no Fundão
Em algumas zonas o granizo acumulado chegou a atingir mais de um metro de altura.
Uma enorme quantidade de granizo que caiu na sexta-feira em algumas freguesias da zona sul do concelho do Fundão danificou equipamentos e causou prejuízos elevados nas culturas agrícolas, designadamente de produção de cereja, disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara.
“Foi uma tempestade de granizo muitíssimo forte e de grande violência, que apanhou um corredor na zona sul do concelho e que provocou prejuízos, quer ao nível de infra-estruturas públicas e privadas, quer na agricultura”, afirmou Paulo Fernandes.
O autarca deste concelho do distrito de Castelo Branco, que é considerado a principal zona de produção de cereja nacional, especificou que a tempestade afectou sobretudo as localidades de Póvoa de Atalaia, Atalaia do Campo, Castelo Novo e Soalheira.
Segundo apontou, em algumas zonas o granizo acumulado chegou a atingir mais de um metro de altura.
“Foi uma situação muito localizada, mas também muito rápida, extraordinariamente intensa, de uma enorme violência”, afirmou.
Paulo Fernandes especificou que o levantamento dos prejuízos ainda está a ser realizado, mas adiantou que os danos na agricultura são elevados.
“Estamos com equipas no terreno, junto aos agricultores, e temos já conhecimento concreto de que há uma parte da produção agrícola nesse corredor que foi muito afectada, nomeadamente na produção frutícola de cereja e pêssego”, disse.
Lembrando que aquela zona tem vários pomares de cereja, destacou a “enorme preocupação” com os efeitos causados, dado que já se está “na fase crítica” do início da frutificação.
Noutra componente, há ainda registo de vários equipamentos danificados, nomeadamente muros, vias e caminhos, bem como estruturas da rede de águas pluviais.
A autarquia está a realizar um relatório de toda a situação para apresentar ao Governo, de modo que possam ser accionadas linhas que ajudem agricultores e proprietários a minimizarem os prejuízos.
Frisando que, devido às alterações climáticas, os fenómenos meteorológicos extremos são cada vez mais frequentes, Paulo Fernandes reitera a importância de os seguros se poderem adequar às necessidades, bem como a necessidade de se apostar numa agricultura mais diversificada e sustentável.