Há 50 anos que as luzes permanecem acesas numa loja de néons em Nova Iorque

Ao longo das décadas, outras formas de iluminação, como LEDs, tornaram-se mais baratas de fazer e os letreiros de néon caíram em desuso, mas não na Let There Be Neon.

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Jeff Friedman é o proprietário da loja desde 1990 Reuters/CARLO ALLEGRI
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Funcionário a moldar o vidro Reuters/CARLO ALLEGRI
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O material ainda por moldar Reuters/CARLO ALLEGRI
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De um Ronald McDonald de pernas cruzadas a uma taça de Martini repleta de azeitonas, os letreiros de néon clássicos preenchem a Let There Be Neon, uma loja em Manhattan que faz todos os seus letreiros. O que torna esse brilho quente e brilhante?

Quando a electricidade passa por um tubo cheio de gás néon inerte, o tubo acende-se, explica Jeff Friedman, proprietário da loja desde 1990. “O néon é vermelho quando aceso, a cor pura do néon. Mas também usamos argónio,um gás que é azul, e combinando os diferentes gases com diferentes cores de vidro ou fósforo dentro do tubo, obtemos diferentes cores”, acrescenta.

A loja de 325 metros quadrados foi fundada pelo artista, pintor e documentarista Rudy Stern em 1972, e Friedman começou a trabalhar ali cinco anos depois.

Sinais brilhantes de todas as cores do arco-íris iluminam a loja, enquanto os dobradores de vidro seguram tubos sobre chamas azuis, moldando-as em várias letras e desenhos. “O néon é puro, é feito à mão, é feito de vidro, é reciclável”, enumera Friedman, listando o que considera serem as vantagens do néon sobre a iluminação de plástico.

Ao longo das décadas, outras formas de iluminação, como LEDs, tornaram-se mais baratas de fazer e os letreiros de néon caíram em desuso, mas não na Let There Be Neon. “Antes da covid, estávamos a produzir mais néon do que jamais havíamos feito antes”, diz. “Quando a covid apareceu, foi como se os cigarros tivessem sido deixados acesos nos cinzeiros”, ilustra.

Friedman espera que os negócios reabram à medida que as pessoas recuperam a confiança e diz que a quantidade de trabalho que estão a receber começa agora a aumentar. “Não está perto do que era antes da covid, mas as luzes estão acesas, nós existimos, nós sobrevivemos.”