Adultos vulneráveis. Quando um juiz diz a uma vítima que está a depor: “Parece tolinho!”

Estatuto da Vítima estabelece que devem ser tomadas medidas para garantir que todas compreendem e são compreendidas, mas pessoas com défice cognitivo são inquiridas sem ajuda de profissionais especialmente habilitados

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Nelson Garrido

Sentada ao lado de um rapaz que prestava declarações para memória futura, a técnica de apoio à vítima Catarina Neves viu qualquer hipótese de justiça ruir ao ouvir o juiz exclamar: “Parece tolinho!” E quis dizer ao mundo que há que melhorar o modo de inquirir vítimas de crime com défice cognitivo.

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