Sony compra editora discográfica brasileira Som Livre à Globo por 216 milhões de euros
Depois de comprar a Kobalt em Fevereiro e adquirir o catálogo de Paul Simon, a Sony anunciou mais um negócio: a compra, à Globo, da editora discográfica brasileira Som Livre.
A multinacional japonesa Sony anunciou esta sexta-feira que chegou a um acordo para adquirir a editora discográfica brasileira Som Livre, que estava à venda desde Novembro de 2020, num negócio avaliado em cerca de 255 milhões de dólares (216 milhões de euros). O braço musical do grupo, a Sony Music Entertainment, sediada nos Estados Unidos, vai comprar a editora brasileira ao Grupo Globo, mantendo Marcelo Soares como director executivo (CEO), informou a multinacional em comunicado.
“A Som Livre tornar-se-á um novo centro criativo independente dentro da Sony Music, continuando a contratar, desenvolver e comercializar a sua própria lista de talentos” para a comunidade musical brasileira, disse a empresa na nota. O presidente da Sony Music, Rob Stringer, salientou o potencial do país sul-americano, que descreveu como “um dos mercados de música com crescimento mais dinâmico e competitivo do mundo”.
A Som Livre foi fundada em 1969 pelo produtor musical João Araújo (1935-2013), com a finalidade de desenvolver e comercializar bandas sonoras de novelas produzidas pela Rede Globo. Actualmente, o seu catálogo inclui obras de artistas populares como Marília Mendonça, Jorge & Mateus, Wesley Safadão e Lexa e, segundo o comunicado, também estrelas em ascensão como Israel e Rodolffo, Dudu MC, Filipe Ret e o Grupo Menos é Mais.
A aquisição da Som Livre pela Sony Music surge após a multinacional ter anunciado, no início de Fevereiro, a compra da Kobalt (Kobalt Music Group Ltd (Kobalt) por 430 milhões de dólares (365,3 milhões de euros), ficando assim proprietária não só da editora discográfica britânica independente AWAL, como da Kobalt Neighbouring Rights, uma das principais agências de cobrança de direitos para artistas e etiquetas independentes em todo o mundo.
Na quinta-feira, a Sony Music Publishing anunciara já uma outra compra: a do catálogo de canções do cantor e compositor norte-americano Paul Simon, que inclui seis décadas de música, do duo com Art Garfunkel (Simon & Garfunkel) à carreira a solo. Os valores envolvidos não foram revelados, mas serão da ordem das centenas de milhões de euros.