A organização da feira de arte ARCOlisboa decidiu adiar para 16 de Setembro a abertura do certame prevista inicialmente para Maio e realizá-lo na Doca de Pedrouços e não na Cordoaria Nacional, como vinha sendo hábito, o que permitirá descobrir “um novo e surpreendente espaço”.

“Excepcionalmente, o evento foi transferido para Setembro por decisão da Câmara Municipal de Lisboa, do IFEMA e do comité organizador da feira, com o objectivo de promover o encontro de galerias, coleccionadores e profissionais internacionais”, disse fonte da organização à agência Lusa.

Por outro lado, e também “excepcionalmente”, o evento terá lugar na Doca de Pedrouços, um novo local na capital portuguesa. “Um cenário de frente para o rio, facilmente acessível e com características muito especiais que acompanharão esta edição única da feira”, segundo o IFEMA (Feira Internacional de Madrid).

A quinta edição da ARCOlisboa vai reunir “cerca de 70 galerias” nacionais e internacionais, cuja oferta artística mostrará o “vibrante panorama artístico de Portugal em diálogo com propostas interessantes de todo o mundo”.

O programa geral do evento será constituído pelas galerias seleccionadas pelo comité organizador, havendo ainda programas da responsabilidade de vários comissários. Entre eles estão a secção Abertura, que este ano cresce com a participação de um maior número de galerias seleccionadas pela Kunsthalle Lissabon; e o África em Foco, mais uma vez com curadoria de Paula Nascimento, que vai propor “descobertas artísticas sedutoras a coleccionadores e amantes da arte africana”.

A edição de 2020 da ARCOlisboa, que se devia ter realizado de 14 a 17 de Maio do ano passado, na Cordoaria Nacional, foi cancelada devido à pandemia de covid-19, prevendo-se inicialmente que viesse a ter lugar entre 13 a 16 de Maio de 2021.

A feira, que se realiza anualmente, desde 2016, na capital portuguesa, reuniu na última edição, a de 2019, 71 galerias de arte contemporânea, sobretudo de Portugal e de Espanha, e foi visitada por cerca de 11 mil pessoas.

A ARCOlisboa tem vindo a afirmar-se como um ponto de encontro de artistas, coleccionadores, galeristas, curadores e público em geral, e conta com a participação de museus, galerias e outros espaços e instituições culturais ligados ao universo da arte contemporânea de Lisboa.

Portugal, assim como a maior parte dos países, tem em vigor desde Março de 2020 medidas de combate à pandemia de covid-19 que colocam dificuldades à circulação de pessoas no seu território.

Os organizadores da feira esperam que o actual programa de vacinação da população leve a que, até ao Verão, seja levantada uma parte substancial das restrições e que isso se reflicta no número de turistas estrangeiros que visitam Portugal.