Venda directa: uma oportunidade em pandemia

A venda directa é um sistema de comercialização de bens de consumo e serviços realizado fora de um estabelecimento comercial fixo, directamente ao consumidor, através de uma demonstração personalizada, por um representante da empresa que os comercializa.

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Austin Distel/Unsplash

O ano de 2020 estará marcado na história como o ano da pandemia de covid-19. Todos foram afectados e todas as áreas de negócios sofreram de uma forma ou de outra. Apesar disso, houve sectores que mostraram maior adaptabilidade e souberam ajustar-se a uma realidade que muda a cada minuto, como é o caso da venda directa. Uma indústria forte e próspera, atingindo um volume de negócios superior a 209 milhões de euros em Portugal e oferecendo uma oportunidade de negócio a mais de 205 mil distribuidores independentes no nosso país segundo dados da Seldia (Associação Europeia de Venda Directa).

Mas muitos perguntam: “O que é isto da venda directa?” E é importante esclarecer: a venda directa é um sistema de comercialização de bens de consumo e serviços realizado fora de um estabelecimento comercial fixo, directamente ao consumidor, através de uma demonstração personalizada, por um representante da empresa que os comercializa. Baseia-se no contacto pessoal entre vendedores e compradores. Os vendedores tomam, por norma, a designação de consultor, distribuidor ou agente de venda directa.

Apesar da venda directa ser suportada por algo inestimável como as relações humanas, a distância social que a pandemia obrigou não levou a melhor. De acordo com o último estudo de empreendedorismo desenvolvido pela Amway em 2020, 57% dos mais de 23 mil entrevistados globalmente afirmaram que estariam interessados ​​em começar um negócio seu. Neste cenário, a venda directa é um modelo híbrido de micro-empreendedorismo que confere às pessoas a oportunidade de obter um rendimento adicional, independentemente da sua formação académica ou experiência de trabalho, com vantagens associadas, como horários flexíveis e independência, um investimento inicial muito baixo e a possibilidade de continuar a trabalhar em outras áreas.

Apresenta ainda múltiplas vantagens do ponto de vista do consumidor, pois facilita a aquisição de produtos de qualidade, economizando tempo e viagens, situação que acaba por ganhar ainda mais relevância desde o ano passado. Além disso, as empresas oferecem garantias de satisfação com o direito de cancelar a compra caso o produto não responda às expectativas, garantindo assim a confiança entre o vendedor e cliente.

Adicionalmente, em Portugal esta área de negócio conta com o total suporte do Instituto Português de Venda Directa que garante a transparência nas transacções comerciais realizadas entre os agentes de venda directa e os consumidores. Todas as empresas, membros da associação são regidas por um Código de Conduta Europeu, que é obrigatório, como resultado do compromisso da indústria com práticas comerciais éticas e de protecção do consumidor, bem como a sua determinação em garantir a igualdade e consistência dos códigos em toda a União Europeia.

Num ambiente de incerteza económica e profissional como o actual, a venda directa tornou-se uma opção para muitas pessoas, em termos de desenvolvimento pessoal e profissional, para diferentes públicos da sociedade que procuram activamente por um emprego.

Esta tendência é confirmada pela Amway, actualmente a maior empresa de venda directa em todo o mundo de acordo com a DSN Global 100, que acaba de anunciar vendas mundiais no valor de 8,5 mil milhões de dólares em 2020, 2% de crescimento face ao ano anterior. Presente em mais de 100 países e territórios, a empresa tem aumentado o seu investimento em Investigação & Desenvolvimento e na produção de produtos, sobretudo de nutrição, para satisfazer necessidades específicas dos consumidores ao longo de 2020.

A permanência no mercado de empresas de venda directa será provavelmente o melhor indicador do seu sucesso, pois exige inovação e adaptação constante às necessidades dos consumidores e tendências e, claramente a covid-19 veio ainda mais reforçar esta certeza.

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