Jaguar personalizado de lorde Mountbatten, tio do príncipe Filipe, vai a leilão
O carro, com 54 anos, ainda está para as curvas e mostra-se pronto a ter um novo proprietário.
Um dos carros de luxo personalizados do lorde Louis Mountbatten vai a leilão, anunciou a casa de leilões Sotheby's.
Louis Francis Albert Victor Nicholas Mountbatten, tio do duque de Edimburgo e primo de Isabel II, encomendou o Jaguar 420 de 1967, mas tratou de o transformar num carro especial, tendo a unidade sido construída por encomenda, o que incluiu a pintura na cor catalogada pela Jaguar como Special Mountbatten Blue.
Outras especificidades são um dos primeiros pára-brisas dianteiros aquecidos instalados em qualquer Jaguar, a inclusão do brasão Mountbatten nas portas e um apoio para a cabeça do banco do passageiro.
O automóvel ficou na posse de lorde Mountbatten durante dois anos, tendo depois passado por outras mãos. Até que, em 2008, o carro foi readquirido pela família Mountbatten, sendo agora leiloado, a 24 de Março, com A Colecção de Família da falecida condessa Mountbatten da Birmânia, que está dividida em 385 lotes, entre relíquias, peças de mobiliário e de arte, além de jóias.
O Jaguar 420, com motor de 6 cilindros em linha de 4235cc, apresentava-se com 245cv, e a leiloeira estima que seja arrematado por um valor entre as 10 e as 20 mil libras (de 11.680 a 23.350 euros).
Lorde Mountbatten, tio do príncipe Filipe, foi uma figura proeminente das forças militares britânicas, tendo sido o último vice-rei da Índia, sucedendo a si próprio como o primeiro governador-geral do independente Domínio da Índia.
De volta ao Reino Unido, ocupou o cargo de Primeiro Lorde do Mar, entre 1954 a 1959, posição que, curiosamente, tinha sido do seu pai, Luís de Battenberg, o avô do duque de Edimburgo. Saiu do serviço em 1965, depois de servir como chefe do Gabinete de Defesa.
Segundo a biografia do príncipe Carlos, assinada por Jonathan Dimbleby, Mountbatten foi uma forte influência na formação do herdeiro da Coroa, que o tratava por “avô honorário”.
Louis Mountbatten morreu em 1979 num atentado à bomba ao barco de pesca onde seguia, no qual também pereceram outras três pessoas: a baronesa-viúva Brabourne, sogra da sua filha mais velha, lady Patricia Mountbatten; o neto Nicholas Brabourne, de 14 anos, filho de lady Patricia; e Paul Maxwell, de 16 anos, que trabalhava no barco. O atentado foi reivindicado pelo Exército Republicano Irlandês, mais conhecido por IRA, a sigla original.