Roger Federer voltou a sorrir no court

João Sousa e Pedro Sousa eliminados em Santiago do Chile.

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Roger Federer Reuters/HANDOUT

405 dias foi o tempo que Roger Federer esteve ausente do circuito profissional. Quem o viu a jogar na segunda ronda do Qatar ExxonMobil Open e não soubesse dos problemas físicos pelos quais o suíço passou em 2020, dificilmente poderia constatar que o último encontro oficial tivesse sido em Janeiro de 2020. Entrou a sorrir, sorriu quando cometeu alguns erros e no fim do jogo sorriu ainda mais: Federer está de volta e está feliz.

“Há muita coisa que posso melhorar, mas em geral, estou incrivelmente contente com a forma como joguei”, disse o tenista de 39 anos, depois de eliminar, por 7-6 (10/8), 3-6 e 7-5, o britânico Daniel Evans (28.º) – curiosamente, com quem se treinou nas duas últimas semanas, no Dubai. Para trás ficaram 14 meses em que se submeteu a duas artroscopias ao joelho direito e efectuou uma recuperação lenta, mas segura.

Diante de Evans, Federer cedeu apenas um break, que lhe custou a segunda partida, e terminou com 13 ases e zero duplas-faltas, antes de terminar em grande estilo. “Disse a mim mesmo que se perdesse, seria a bater na bola. No final, Dan tinha mais energia que eu, mas estava a servir bem e penso que fiz um bom encontro. Estou muito contente com a minha exibição e foi bom terminar com uma esquerda ao longo da linha”, admitiu.

No início do encontro, o suíço tirou com o árbitro algumas dúvidas sobre as regras dos 25 segundos entre cada ponto e a utilização da toalha. “O ‘shot clock’ é uma coisa que ainda não está imbuída no meu sistema. E também me esqueci de que o aquecimento é de quatro minutos; ao fim de 30 segundos, Dan já estava na rede”, contou Federer. Falta saber como é o que corpo do suíço vai reagir às duas horas e meia de jogo no quarto-de-final desta quinta-feira, frente a Nikoloz Basilashvili (42.º).

No Chile Dove Men+Care Open, Pedro Sousa (110.º) passou perto dos quartos-de-final, mas foi eliminado pelo sérvio Laslo Djere (57.º), por 5-7, 7-5 e 6-3. Depois de fazer o break e antes de preparar-se para servir, a 5-4, Sousa viu o seu adversário pedir assistência médica a uma suposta entorse. Após a paragem, o tenista português dispôs de dois match-points, mas acabou por ceder o serviço, marcando um ponto de viragem no encontro da segunda ronda do ATP 250 chileno.

No set decisivo, Djere fez o break para 3-1 e não enfrentou nenhum break-point até final. “É um daqueles jogos duros de digerir. Não vale a pena arranjar desculpas; perdi por culpa própria”, admitiu Pedro Sousa, que vai continuar mais uma semana em Santiago, para competir num challenger.

Na véspera, João Sousa (100.º) foi afastado na ronda inaugural pelo peruano vindo do qualifying, Juan Pablo Varillas (171.º). O número um português não aproveitou nenhum dos nove break-points de que dispôs e cedeu em fim de hora e meia: 6-4, 6-1.

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