Sporting não tremeu antes de ir ao Dragão

Com uma exibição consistente e madura, os “leões” derrotaram o Portimonenses, por 2-0, antes de jogarem no próximo sábado o clássico contra o FC Porto.

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A festa foi dos jogadores do Sporting LUSA/TIAGO PETINGA

Sempre hábil a comunicar, Rúben Amorim fez a antevisão da jornada 21 da I Liga sem queimar etapas. Pressionado pelos jornalistas, o treinador do Sporting recusou-se a colocar o clássico da ronda seguinte na agenda do dia e deixou uma certeza: “O jogo do FC Porto não existe para nós. A melhor forma de ir para o próximo jogo é ganhar o anterior.” E foi isso que o Sporting fez. Em mais uma prova de força, os “leões” não tremeram antes da visita ao Estádio do Dragão e, com um triunfo tranquilo contra o Portimonense (2-0), garantiram a melhor sequência da época: foi a décima vitória consecutiva do Sporting, seis delas na I Liga.

Do outro lado até estava um Portimonense motivado por dois resultados positivos (empate em Paços de Ferreira e vitória com goleada na recepção ao Gil Vicente), mas o Sporting de Amorim continua a encontrar soluções para resolver os quebra-cabeças que vão aparecendo pela frente.

Cumprindo o que tinha dito na antevisão do confronto com os algarvios, Amorim não fez qualquer poupança antes da viagem ao Porto e jogou de início com Sebastián Coates e Nuno Santos, que estavam em risco de falharem a partida no Dragão se vissem um cartão amarelo. O jovem técnico, tinha, porém, um problema para resolver: Paulinho ficou de fora por lesão. Sem o mais caro reforço da história dos “leões”, Amorim não inventou e regressou à formula até Janeiro, colocando Tiago Tomás no centro do ataque.

A mudança, que não tinha sido anunciada, pareceu baralhar a estratégia de Paulo Sérgio. O Portimonense apresentou-se em Alvalade com duas novidades que, em teoria, deveriam trazer mais segurança defensiva (entrada de Henrique) e velocidade no ataque (aposta em Beto). Porém, os algarvios sentiram sempre dificuldades em travar a mobilidade do ataque “leonino” e raramente encontraram espaços para contra-atacar com perigo.

Jogando depressa e bem, o Sporting quatro boas oportunidades - Nuno Mendes, aos 3’; Nuno Santos, aos 6’; Pedro Gonçalves, aos 10’ e Tiago Tomás, aos 22’) na metade inicial da primeira parte e, com justiça, colocou-se em vantagem aos 27’: Pedro Gonçalves marcou um livre, Coates desviou e Feddal, à segunda, estreou-se a marcar pelos “leões”.

Até aí praticamente inexistente a nível ofensivo, o Portimonense nem tempo teve para reajustar a estratégia. Três minutos depois, Maurício Antônio e Lucas Possignolo foram displicentes q.b. e Nuno Santos aproveitou a oferta dos centrais para marcar aos algarvios, tal como tinha feito na primeira volta em Portimão.

Faltavam ainda disputar dois terços da partida, mas à semelhança do que tem acontecido ao longo da época, o Sporting mostrou-se astuto na gestão de vantagens – até ao intervalo, o Portimonense apenas assustou Adán numa jogada de bola parada em que Dener desviou para o fundo da baliza, mas o médio brasileiro estava fora de jogo.

Gerindo a vantagem sem se preocupar com a qualidade da exibição, o Sporting foi a primeira equipa a criar perigo após o intervalo (Nuno Mendes, aos 48’), e, mesmo surgindo com mais assiduidade no ataque, a equipa de Paulo Sérgio apenas esteve perto de marcar aos 71’: Adán, com uma boa defesa, evitou que o iraniano marcasse pela segunda jornada consecutiva.

Nessa altura, Amorim já tinha retirado Nuno Santos de campo, garantindo que o extremo não visse o quinto amarelo, e, mesmo sem forçar o ritmo, o Sporting esteve sempre mais perto do 3-0 do que o Portimonense do 2-1.

Com mais uma exibição consistente e madura, Amorim garante que, faça o que fizer a concorrência, no próximo sábado vai iniciar o clássico contra o FC Porto ainda imbatível na I Liga e com a liderança segura por, pelo menos, dez pontos.

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