ASAE apreende 4,7 milhões de máscaras, metade do total desde o início da pandemia
Parte deste material destinava-se a crianças. Faltavam-lhes declarações de conformidade que atestassem segurança na protecçáo contra o coronavírus.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou a apreensão de 4.662.945 máscaras de protecção contra o coronavírus num distribuidor sediado no Seixal. Parte delas, 338.550, destinavam-se a crianças.
“Todos os modelos analisados e apreendidos apresentavam irregularidades ao nível da rotulagem, nomeadamente, a falta de tradução para língua portuguesa, a falta de identificação do importador e do responsável pela colocação do produto no mercado, a indevida marcação CE e a falta de declarações de conformidade/certificados que atestassem a segurança dos produtos”, detalha a ASAE numa nota informativa em que dá conta de que o valor do material apreendido ronda os 458 mil euros.
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As máscaras eram de 12 modelos distintos. Até agora, e desde que começou a pandemia, a ASAE apreendeu mais de nove milhões de máscaras, ou seja, o material encontrado no Seixal corresponde a cerca de metade de todas as apreensões efectuadas até agora.
Há menos de uma semana, esta entidade tinha anunciado a apreensão de mais de 2,7 milhões de máscaras anticovid-19 num armazém no distrito de Aveiro. Na sua grande maioria de uso comunitário, com a indicação de não serem destinadas a uso médico mas com aparência de máscaras cirúrgicas, podendo induzir o consumidor em erro, não apresentavam qualquer documento válido que atestasse tratar-se de um produto seguro. “Apresentavam, ainda, irregularidades ao nível da rotulagem, nomeadamente, a falta de tradução para língua portuguesa das instruções”, explicou a ASAE.