Nova estratégia da DGS prevê testes laboratoriais alargados a contactos de baixo risco

Os testes laboratoriais deverão ser alargados a todos os contactos, de alto e de baixo risco, haverá mais testes rápidos disponíveis nas unidades de saúde do SNS e serão feitos rastreios regulares com testes rápidos em alguns contextos particulares.

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Recolha de amostra para testagem, no Hospital de São João, no Porto Manuel Roberto

Numa nota enviada à comunicação social, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta quarta-feira que os testes laboratoriais serão alargados a todos os contactos, de alto e de baixo risco, e que haverá uma disponibilização generalizada de testes rápidos de antigénio (TRAg) nas unidades de saúde do SNS. Além disso, serão implementados rastreios regulares com TRAg em escolas e sectores de actividade com elevada exposição social (como trabalhadores de fábricas e da construção civil).

A alteração deve-se tanto à “emergência das novas variantes de SARS-CoV-2” como à “diminuição da incidência diária de casos de infecção”, e tem como objectivo “reforçar e alargar as indicações para a realização de testes laboratoriais de forma a antecipar um desconfinamento controlado e optimizar a capacidade laboratorial do país, gradualmente expandida durante o ano de 2020”, esclarecem.

A DGS aponta ainda que “a utilização de TRAg tem sido progressivamente alargada, quer ao nível dos locais onde os TRAg podem ser realizados, quer ao nível dos profissionais que os podem realizar”.

Segundo anuncia em comunicado, a nova estratégia parte do contexto epidemiológico actual e de uma revisão do acompanhamento da evidência científica, e das recomendações de peritos e parceiros nacionais e internacionais que a DGS consulta no combate à covid-19.

Testes rápidos devem ser “gratuitos ou de fácil acesso”​

Na reunião do Infarmed de terça-feira, o epidemiologista Carmo Gomes sugeriu que, se a incidência continuasse a baixar ao longo dos próximos dias, deveria apostar-se na testagem em massa para antecipar os casos de infecção. “Penso que a testagem é a arma principal que devemos usar e não o confinamento”, defendeu.

Essa estratégia contempla sobretudo mais testes rápidos de antigénio, como fez a Dinamarca, ao mesmo tempo que se continua a realizar testes de diagnóstico PCR, explicou ao PÚBLICO. A diferença é que “os primeiros são mais baratos e dão resultados em poucas horas”. Por isso, defendeu, os testes rápidos devem ser “gratuitos ou de fácil acesso” e deve ser promovida a sua utilização junto da população, “que deve ser incentivada a acorrer à testagem”.

​Testes rápidos nas escolas com maior risco de contágio

No final de Janeiro já as escolas dos concelhos com maior risco de contágio passaram a realizar testes rápidos. Alunos, professores e funcionários de escolas secundárias públicas e privadas localizadas em concelhos de risco extremamente elevado de infecção pelo novo coronavírus começaram a ser testados com testes rápidos de antigénio a partir do dia 20 de Janeiro.

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