Iniciativa Liberal propõe nova estratégia com aposta em testes rápidos em massa
Para o deputado e líder da Iniciativa Liberal, a abordagem actualmente utilizada pelo Governo tem uma “reduzida eficácia” e “para além do impacto altamente oneroso do confinamento.
A Iniciativa Liberal recomendou esta quarta-feira ao Governo que reconsidere a abordagem no combate à pandemia de covid-19 e aposte na realização de “testes rápidos de forma massiva e recorrente”, isolando os casos positivos logo após a testagem.
Num projecto de resolução enviado à agência Lusa, os liberais, representados no parlamento pelo deputado único, João Cotrim Figueiredo, propõem ao Governo que aplique “uma nova estratégia de combate à pandemia, assente na realização de testes rápidos em massa”.
Na perspectiva da Iniciativa Liberal, a abordagem actualmente utilizada pelo Governo tem uma “reduzida eficácia” e “para além do impacto altamente oneroso do confinamento, o recurso a esta medida é também o reconhecimento de que a actual estratégia epidemiológica não está a funcionar”.
“Não obstante ser eficaz na limitação dos contactos e do estabelecimento de novas cadeias de transmissão, o confinamento acarreta enormes custos económicos, sociais e de saúde pública”, defende. Assim, o deputado único liberal recomenda ao executivo que adapte “a estratégia de combate à pandemia”, mantendo “em vigor o essencial das medidas de controlo não farmacológico”.
Na proposta do partido está a realização de “testes rápidos de forma massiva e recorrente” com testes rápidos antigénio, realizados de forma voluntária e gratuita” feitos quer “em potenciais focos de contágio e zonas de grande aglomeração” quer “em locais que permitam alguma aleatoriedade da amostra e, desta forma, controlar a eficácia da abordagem”.
“A política de testagem massiva deverá manter-se até ser adquirida a imunidade de grupo, o que implica que 60% a 70% da população esteja imunizada com recurso à vacinação ou recuperação da doença”, aponta. Com esta estratégia, devem os casos positivos ser isolados “logo após a testagem”, sugere ainda.
“Realizar o inquérito epidemiológico especificamente aos indivíduos infectados, previamente identificados, numa janela temporal mais reduzida, em que a cadeia de transmissão seja ainda curta. O esforço necessário para o rastreio epidemiológico será, assim, consideravelmente menor do que na actual estratégia”, propõe.