O cantor e compositor norte-americano Marilyn Manson foi, esta segunda-feira, 1 de Fevereiro, acusado de violação e assédio sexual por várias mulheres, entre as quais a actriz norte-americana Evan Rachel Wood, que disse ter sido submetida a “abusos horríveis durante anos”.
Há vários anos que recaem suspeitas de abuso sexual perpetrado por Marilyn Manson, cujo verdadeiro nome é Brian Warner. Em 2018, Eva Rachel Wood tinha referido que foi violada, durante as audiências que decorreram no Congresso dos Estados Unidos da América, sem, no entanto, revelar a identidade do agressor.
Pelo menos cinco mulheres publicaram no Instagram, quase em simultâneo, denúncias contra o artista. Evan Rachel Wood, de 33 anos, delatou que Manson a “manipulou psicologicamente” ainda antes de fazer 20 anos, acrescentando que foi alvo de “abusos horríveis durante anos”.
A actriz, conhecida, em particular, pela participação na série Westworld, tinha um relacionamento com Marilyn Manson que acabou em 2010, já com o noivado anunciado. Em 2018, durante uma audiência perante o Comité de Assuntos Judiciais da Câmara dos Representantes, a actriz referiu que tinha sido vítima de abusos físicos e psicológicos. Evan Rachel Wood também disse que foi violada várias vezes.
Esta segunda-feira, na mensagem que publicou, revelou que Brian Warner é o agressor de que falava há três anos. As outras quatro mulheres acusam o artista norte-americano de abusos sexuais, manipulação, assédio sexual, maus-tratos e ameaças.
Manson, de 52 anos, ficou conhecido pela criação de uma personagem de inspiração gótica. O nome do artista é uma junção do nome próprio da icónica actriz norte-americana Marilyn Monroe com o apelido do homicida Charles Manson, responsável pela morte da actriz Sharon Tate, na época grávida e casada com Roman Polanski.
Os concertos de Manson são conhecidos pela mescla de elementos góticos e satânicos com música de inspiração metal. Dois dos álbuns do artista chegaram a ser os mais vendidos na altura nos EUA. Algumas das mulheres que dizem que foram violadas pelo artista revelaram que eram antigas “groupies”, e retrataram uma personagem sedutora, manipuladora, que as amarrava, ameaçava e obrigava ao consumo de drogas.
“Estou cansada de viver com medo de represálias, de calúnias e de chantagem”, escreve Evan Rachel Wood. Em 2009, em entrevista à revista Spin, Manson disse que tinha “todos os dias a fantasia de pulverizar” o crânio da actriz “com um martelo”.