O Partido Socialista não apresentou candidato e o caminho estava aberto para que Ana Gomes avançasse. A diplomata termina estas eleições no segundo lugar, com 540 mil votos, sendo a mais votada entre os candidatos da esquerda.

A socialista, que não tem o apoio oficial do seu partido, tinha como principal objectivo garantir que Marcelo não passava dos 50% necessários para forçar uma segunda volta. Falhou, mas conseguiu uma espécie de vitória: ficar à frente do candidato que, segundo a própria, quer “destruir a democracia”, André Ventura.

Reúne mais de 40 mil votos do que Ventura, mas fica a quase dois milhões de Marcelo Rebelo de Sousa. É a mulher mais votada de sempre, ultrapassando os 10,12% de Marisa Matias em 2016.

Apesar de a sua candidatura não ter o peso partidário que têm as candidaturas de Marisa Matias, João Ferreira, André Ventura e Tiago Mayan, Ana Gomes ganha destaque como figura interna no PS, tendo aproveitado a campanha eleitoral para lançar o nome de Pedro Nuno Santos para uma futura liderança dos socialistas.

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