A Casa Chinesa do Porto: “Coisas esquisitas é só na nossa casa”

Mais de 80 anos de história bem explicados: “Tratamos os clientes com carinho, dedicação e respeito.” Diz quem sabe que esta é uma casa que tem tudo aquilo que os outros não têm. Hoje, continua a resistir de portas abertas. “Vamos ver como saímos daqui”.

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Nelson Garrido
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Quem tem o privilégio de descer os lanços de escadas da Casa Chinesa vai encontrando peças de um puzzle, pistas para o passado de uma mercearia fina que abriu portas em 1938 e que já precisou destes espaços para armazenar os produtos que chegavam dos quatro cantos do mundo. Ainda ali está o velho balcão de mármore e as prateleiras de madeira pintada de branco, as cestas de vime dos cabazes de Natal, a mosqueira dos queijos e doces, as balanças Berkel, um par de imponentes máquinas registadoras Nacional, um moinho O Bom Café, uma garrafeira com Real Companhia Velha dos anos 1950 aos 70, resmas de “papel cimento” e algum papel de embrulho cor-de-rosa com o desenho de uma chinesa, a sua sombrinha e o número de telefone com cinco números.

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