Taça da Liga: Carvalhal quer levar o troféu... com máximo respeito

Treinador do Sp. Braga volta a defrontar o Sporting, mas agora com mais opções do que no jogo do campeonato, em que o plantel se debateu com um surto de covid-19.

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Carvalhal quer vencer o troféu, até para abrilhantar as comemorações do centenário do clueb LUSA/HUGO DELGADO

O treinador Carlos Carvalhal reafirmou esta sexta-feira ter o “máximo respeito” pelo Sporting, o que não o impede de estar determinado a levar a Taça da Liga para Braga, em ano de centenário do emblema minhoto.

O técnico desvalorizou o embate do Sp. Braga com os “leões” para o campeonato, que os minhotos perderam 2-0, tal como o tinha feito em relação à partida com o Benfica, que as “águias” venceram, por 3-2, no Estádio da Luz.

“A história e o passado não contam para nada, não têm nada a ver com este jogo. Há um foco muito grande das duas equipas, que vão querer ganhar. O Sporting é um adversário difícil, com um bom treinador. Temos respeito máximo, mas queremos a taça para nós”, disse na antevisão da partida, em Leiria, o que reforçaria a conquista de 2020.

Ainda assim, o técnico considerou que, em relação a esse jogo em Alvalade, há três semanas, o Sp. Braga está “mais equilibrado”, porque tem mais opções.

“Tivemos algumas dificuldades na altura por causa da covid-19. Agora, com mais opções, estamos mais bem preparados e equilibrados e isso é um ponto positivo que queremos explorar. O que conta é a estratégia e a dinâmica de jogo. E espero que o Sp. Braga tenha a mesma dinâmica, principalmente a ofensiva, e que sejamos nós a levar o troféu para Braga num ano de centenário”, reforçou.

Carlos Carvalhal abordou ainda o crescimento do clube nos últimos anos, o que conduziu o Sp. Braga ao estatuto de “quarto grande”.

“O presidente foi muito claro, nas recentes entrevistas, sobre o posicionamento do Sp. Braga: foi, é e será sempre ‘outsider'”, pela grandeza social, pelo investimento, pela protecção que os três “grandes” têm a nível geral.

“O Sp. Braga estará sempre a morder os calcanhares de um deles, ou dos três”, atento a um descuido, "que é raro, mas já aconteceu. Aí, o Sp. Braga pode ter uma palavra a dizer”, disse, reiterando que Benfica, FC Porto e Sporting “são e serão sempre os principais candidatos”.

“O Sp. Braga luta para diminuir essa diferença e tem escalado uns degraus, sendo que isso não invalida, como no último jogo com o Benfica, em que provou sermos melhores, que, no campo, jogue olhos nos olhos perante qualquer adversário, em qualquer estádio”, completou.

O treinador revelou ainda não estar preocupado por Helton Leite, guarda-redes do Benfica que testou positivo para o novo coronavírus, ter defrontado os “arsenalistas” na quarta-feira.

“Vivemos num meio extremamente controlado, depois da minha casa, o meu local de trabalho é onde me sinto melhor, tudo o que seja fora disso cria-me alguma ansiedade, até estar aqui. Pode acontecer a qualquer um hoje em dia, mas temos que fazer tudo o que está ao nosso alcance para manter o futebol como exemplo de luta contra o vírus. As pessoas estão em casa e nós somos pagos para as entreter”.

Questionado sobre o alegado interesse do Sporting em Paulinho, o técnico diz ser um assunto que “já faz parte do anedotário”.

“Já ninguém liga a essas notícias. Faz lembrar aquela situação de um grande jogador que vinha para Portugal... e não veio. E encheram-se páginas de jornais durante 45 dias”, exemplificou, numa alusão implícita à “novela” entre Edinson Cavani e o Benfica.