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A noite de Lisboa à espera de um regresso
Num bar de Lisboa toca-se guitarra e canta-se como se a casa estivesse cheia. Mas na verdade não está. Todos os dias, desde que os espaços de diversão nocturna encerraram, por força da pandemia, funcionários e proprietários contam o tempo para puderem voltar à actividade.
Por umas horas alguns deles voltaram a sentir o cheiro do sítio onde até há cerca de um ano passavam grande parte do dia. No B.Leza, Stephan Almeida e Eliana Rosa matam saudades dos ritmos de Cabo Verde. No Musicbox, alguns membros da equipa voltam às posições que ocupam quando estão em funções. No Titanic Sur Mer, Manu De La Roche faz um espectáculo de burlesco. Tudo isto em salas despidas de público, clientes e à porta fechada.
Na segunda semana de Março de 2020, os bares e discotecas do país fecharam portas e nunca mais voltaram a abrir. São dos poucos sectores que nunca tiveram oportunidade de voltar à actividade. O PÚBLICO, pela lente de Paulo Pimenta, voltou à noite de Lisboa (e também do Porto), que continua encerrada e a lutar pela sobrevivência. André Borges Vieira