5G: Primeiro dia do leilão principal com propostas de 180 milhões

Houve quatro rondas de licitação na estreia dos principais operadores nacionais. Ofertas próximas dos preços de reserva indicados.

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Anacom, liderada por Cadete de Matos, prossegue com o leilão 5G apesar da forte contestação dos operadores tradicionais LUSA/Manuel Almeida

O primeiro dia da licitação principal do leilão 5G, que se realizou na quinta-feira, contou com quatro rondas e os operadores fizeram propostas acima dos 180 milhões de euros, de acordo com dados divulgados pelo regulador, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

A licitação principal inclui os operadores Altice Portugal (Meo), Nos, Vodafone Portugal e também a Dense Air e visa a atribuição de direitos de utilização de frequências nas faixas dos 700 MHz, 900 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz.

Neste primeiro dia, “tiveram lugar quatro rondas”, adianta o regulador. As propostas feitas foram ligeiramente acima dos 180 milhões de euros e, de uma forma geral, andam muito próximas do preço de reserva indicado.

As faixas 2,1 GHz e 2,6 GHZ foram as que registaram mais interesse, tendo os valores subido.

Anteriormente, tinha decorrido a fase de licitação para operadores estreantes neste mercado, durante oito dias, que resultou num encaixe de 84 milhões de euros no último dia (11 de Janeiro).

O montante final encaixado com o leilão depende dos lotes que forem atribuídos durante o processo e se são adquiridos pelo preço de reserva, sendo que a Anacom aponta para receitas de cerca de 237,9 milhões de euros.

Não existe informação oficial de quem licitou na fase de operadores que ainda não estavam neste segmento, que podem beneficiar de roaming nacional no acesso às redes dos operadores já instalados, independentemente da qualidade de espectro que adquiram, de acordo com as condições do leilão.

O processo tem sido bastante contestado pelas operadoras históricas, envolvendo processos judiciais, providências cautelares e queixas a Bruxelas, considerando que o regulamento tem medidas “ilegais” e “discriminatórias”. O presidente da Anacom resume a litigância a "uma atitude anticoncorrencial".

As licenças do 5G serão atribuídas durante o primeiro trimestre deste ano.