Para alguns este não é o fim da linha
“Morreu quase tudo.” Foi-se o comboio entre o Pocinho e Barca D’Alva e com ele as pessoas. Ficou a barragem, as “velhas”, as silvas e o carril, que agora sente o pulsar de uma nova vida, com o projecto de turismo fluvial Casas da Linha Férrea.
Pocinho, estação terminal da Linha do Douro — o fim de linha desde 1988. Cinco vezes por dia: 10h44, 12h38, 16h41, 18h41 e 20h53, se chegar à tabela. As carruagens vermelhas lustrosas abrandam e detêm-se por uns minutos à espera de que a locomotiva da série 1400 se reposicione na outra extremidade da composição. São poucos os que assistem ao ritual da mudança de agulhas. Ouve-se o apito do chefe da estação, bandeira vermelha enrolada, e volta o silêncio à aldeia.
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