Reestruturação da TAP: “Todo o Governo está solidário”, garante Pedro Siza Vieira

O ministro disse ainda que “deixar cair a TAP era como deixar fugir a Autoeuropa ou pior”.

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Pedro Siza Vieira LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

O ministro da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, disse esta sexta-feira de manhã, no Parlamento, que o Governo está “todo solidário” com o plano de reestruturação para a TAP, que entretanto está a ser apresentado por Pedro Nuno Santos em conferência de imprensa.

Foi o centrista João Gonçalves Pereira quem lançou o isco da TAP acusando o Governo de fazer o “maior despedimento público desde 1974” através de Pedro Nuno Santos e quis saber se o executivo mantém a confiança no ministro das Infra-estruturas. Siza Vieira começou por dizer que não tem a tutela da TAP mas defendeu a solução de salvar a TAP por ser uma empresa estratégica para a economia nacional e por haver “condições e meios para colocar a TAP num caminho de viabilidade”. E vincou que “todo o Governo está solidário”.

“É ou não a TAP uma empresa estratégica para a economia portuguesa? E a resposta é sim. Há ou não a perspectiva de colocar a TAP num caminho de sustentabilidade económica e de viabilidade a longo prazo?”, referiu Pedro Siza Vieira, considerando que o plano permite ter uma expectativa positiva em relação à segunda questão. “Nessa matéria, todo o Governo está solidário”, acrescentou.

Como o deputado do CDS insistiu no assunto questionando se estas ajudas são aceitáveis pelas regras europeias, Siza Vieira fez a comparação com a Autoeuropa - que em 2019 “facturou 3700 milhões de euros, foi uma grande exportadora e puxa por um conjunto de fornecedores nacionais” - vincando que, “além de ser preciso arranjar mais Autoeuropas, antes é preciso não a deixar sair”. “Deixar cair a TAP era como deixar fugir a Autoeuropa ou pior”, defendeu o ministro argumentando que a companhia aérea é uma das maiores exportadoras nacionais e negoceia com centenas de empresas.

João Gonçalves Pereira quis ainda saber qual o impacto das moratórias que terminam em Setembro no sistema bancário mas Siza Vieira prometeu que no primeiro semestre de 2021 haverá uma “capitalização sistémica para evitar que as empresas caiam em incumprimento”.

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