“O receio está nas mãos”: como viver uma pandemia sem tocar, quando “os dedos são os olhos”

O tacto, para quem é cego, é indispensável. Numa altura de pandemia, tenta-se tocar menos e desinfectar mais, mas o receio está sempre lá.

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O toque, tornado um risco de saúde pela pandemia, é essencial para quem não vê Nuno Ferreira Santos

O mundo está-lhes nas pontas dos dedos. Os ouvidos, é certo, ajudam. Mas a expressão “os nossos dedos são os nossos olhos” é a mais usada pelas pessoas cegas para explicar como “vêem”. O toque é fundamental e não há vírus que lhe retire importância. Porém, é esse mesmo vírus que torna o toque um risco. E eles sabem-no. “O receio, nós temo-lo sempre. Mas o que havemos de fazer?...”, pergunta Carminda Pereira. 

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