Espanha e Alemanha começam a vacinar população em Janeiro
O chefe de Governo espanhol avançou que o país está já a criar condições logísticas para garantir “a temperatura necessária” para a conservação da vacina, que, no caso da BioNTech/Pfizer, exige uma temperatura de 70 graus negativos.
O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, disse neste domingo que Espanha e Alemanha são os únicos países europeus a ter á um plano estruturado para iniciar a vacinação da população contra a covid-19 já a partir de Janeiro de 2021.
De acordo com as explicações do líder do Governo, que falou à comunicação social após a reunião virtual do G20, o plano de vacinação espanhol deve ser aprovado pelo Conselho de Ministros já na terça-feira e assenta em cinco eixos de actuação, dos quais sobressaem a definição de 13 mil pontos de vacinação e uma estratégia nacional única, desenvolvida por um grupo multidisciplinar de peritos.
“Todos os anos, dez milhões de pessoas são vacinadas em Espanha contra a gripe. Por conseguinte, considera-se que o Sistema Nacional de Saúde está preparado para atingir este objectivo. Um exemplo: este ano, em oito semanas, 14 milhões de pessoas foram vacinadas”, referiu Sánchez, assegurando que os grupos considerados prioritários vão ter acesso à vacina.
Paralelamente, o chefe de Governo espanhol avançou que o país está já a criar condições logísticas para garantir “a temperatura necessária” para a conservação da vacina, que, no caso da BioNTech/Pfizer, exige uma temperatura de 70 graus negativos.
A União Europeia já assinou contratos com as empresas farmacêuticas AstraZeneca, Sanofi, Janssen e BioNTech/Pfizer para mil milhões de doses expansíveis, a assinatura com a CureVac estará iminente e as negociações com Moderna para 400 milhões de vacinas adicionais estão numa fase muito avançada. Espanha, segundo Sánchez, será responsável por 10% dessas doses que a União Europeia poderá colocar à disposição dos países membros.
Os números oficiais da pandemia de covid-19 em Espanha apontam para 1.556.730 casos e 42.619 mortes. Os dados anunciados no sábado pelo ministério espanhol da Saúde reportaram 15.156 novas infecções e mais 328 óbitos, apesar de a transmissão do vírus estar a descer há pelo menos 11 dias e a incidência acumulada fosse de 419 casos por 100 mil habitantes.
No entanto, Sánchez vincou que a incidência acumulada de casos do novo coronavírus é inferior a 400 casos por 100.000 habitantes em 14 dias, um número que será divulgado na segunda-feira e que, para o líder do governo, demonstra a eficácia das restrições impostas pelo estado de emergência em vigor no país.
Espanha é o sexto país do mundo em termos de casos desde o início da pandemia e fica apenas atrás de Estados Unidos (mais de 12 milhões), Índia (mais de nove milhões), Brasil (mais de seis milhões), França (2,1 milhões) e Rússia (mais de dois milhões).
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.381.915 mortos resultantes de mais de 58,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.