V. Setúbal acusa Câmara Municipal de ser co-responsável pela pré-falência do clube

Executivo da autarquia já fez saber que vai tomar posse do Estádio do Bonfim, motivando duras críticas da direcção do emblema sadino.

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LUSA/MÁRIO CRUZ

A direcção do V. Setúbal reagiu, este sábado, em comunicado oficial, à tomada de posição da Câmara Municipal de Setúbal, que o PÚBLICO avançou na edição de hoje, e que se resume à tomada de posse, pela autarquia, do Estádio do Bonfim.

Nesse sentido, a direcção e restantes órgãos sociais do clube vincam a vitória eleitoral por “vontade democraticamente expressa dos sócios vitorianos” numa eleição “justa, regular e de acordo com os pergaminhos históricos do clube”.

comunicado

Os responsáveis do clube acusam “o Executivo presidido pela Exm.ª Senhora Presidente” de preferir a vitória de outra lista, lembrando que a “democracia e a voz do povo vitoriano é soberana, no que aos destinos do VFC diz respeito”, e apelando ao “respeito institucional”.

O comunicado sublinha o facto de clube e autarquia serem “sócios e parceiros na SAD do VFC, onde os 40% de capital social, ainda formalmente detidos pela CMS, obrigam, no mínimo, a um apuramento conjunto de responsabilidades entre a câmara e o clube, ao levantamento de informação mínimo necessário, à articulação de estratégias, desenho de soluções e tentativa conjunta de implementação das mesmas naquela sociedade anónima desportiva”.

O comunicado extrema ainda mais as posições quando acusa a autarquia de ser co-responsável pela situação de pré-falência do clube.

“Esta direcção apenas tomou posse faz poucas semanas. Já o Executivo Camarário presidido pela Sr.ª Presidente está à frente da CMS desde 2006 e, desde esse momento, quer por acção ou omissão e ainda que porventura cheia de boa vontade, a Sr.ª Presidente Dra. Maria das Dores Meira fez parte das decisões que colocaram a SAD do VFC e o clube nesta situação”, escrevem.

Uma situação que o comunicado consubstancia no acumular de “prejuízos atrás de prejuízos, milhões atrás de milhões, chegando ao ridículo número de valor acumulado de quase 50.000.000,00€ (cinquenta milhões de euros), arrastando o clube para a difícil situação em que se encontra e para a sua pré-falência”.

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