Câmara do Porto autoriza 12 mercados e feiras. Vandoma continua suspensa
Além da feira da Vandoma, também as do Cerco e Pasteleira permanecem suspensas. Autorização dada para as restantes pode ser alterada se situação epidemiológica na cidade piorar.
O Governo passou a responsabilidade para as autarquias e, no Porto, a decisão está tomada: 12 feiras e mercados do concelho vão reabrir por a autarquia entender que reúnem as condições de segurança necessárias. Três permanecem suspensas.
O despacho assinado por Rui Moreira dá luz verde à realização da Feira de Produtos Biológicos do Parque da Cidade, da Feira dos Passarinhos, de Numismática e de Filatelia e Coleccionismo, Feira de Antiguidades e Velharias, de Artesanato da Batalha, Mercado de Artesanato do Porto, Mercado da Ribeira, Mercado do Covelo e Mercadinho da Ribeira, todas de iniciativa municipal.
De iniciativa privada, estão autorizados o Mercado da Alegria, no Jardim do Passeio Alegre, e o Mercado Porto Belo, na Praça de Carlos Alberto, que, segundo o município, obtiveram parecer favorável da autoridade de saúde.
A realização destas feiras e mercados pode ser objecto de prorrogação ou modificação face à evolução da situação epidemiológica, sublinha o despacho. À autarquia cabe elaborar e assegurar o cumprimento dos planos de contingência, com as respectivas medidas que se impõem adequadas aos espaços, estando, assim, salvaguardadas as medidas impostas pela Direcção-Geral da Saúde.
Na quarta-feira o grupo municipal do Bloco de Esquerda questionou a autarquia sobre a suspensão das feiras da Vandoma, da Pasteleira e do Cerco, cuja reabertura tem sido “sucessivamente adiada”. O BE perguntava se a Câmara do Porto iria procurar soluções para levantar a suspensão destas três feiras.
À data, o gabinete de imprensa esclareceu à Lusa que a reabertura destas três feiras, prevista para o início de Setembro, foi suspensa, tendo sido decretado por despacho do presidente da Câmara do Porto, de 30 de Setembro, que tal decisão se ia manter em vigor durante o estado de contingência.
Tendo sido, entretanto, decretado o estado de calamidade e face ao aumento do número de infectados, a decisão de suspender estas três feiras mantém-se inalterada, acrescentou o gabinete de imprensa.
No despacho de 30 Setembro, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, referia que aquelas feiras “têm especificidades próprias e grande dimensão, mantendo-se a preocupação em termos de saúde pública, em virtude não só da dimensão bem como da elevada afluência de visitantes”.