Idanha-a-Nova está “magoada pela desertificação” mas conta histórias de recomeços
Está quase à mesma distância de Lisboa e do Porto, mas a fronteira parece ter ditado o “esquecimento” de Idanha-a-Nova. Num dos maiores concelhos portugueses, preservou-se a memória de 480 milhões anos atrás, de romanos e visigodos, perdeu-se a gente. Descobrimo-lo ao som de adufes.
No topo da escarpa onde os restos do castelo de Idanha-a-Nova repousam, já quase como uma memória muito longínqua que se transformou em miradouro, é a “campina”, como ouvíramos chamar-lhe, que se estende diante de nós - uma planície de retalhos verdes em várias gradações. Para Este, desdobram-se montes que chegam até Espanha. Estamos em terras raianas, repetem-nos à laia de fado: significa lonjura, esquecimento. “Isto não vale a pena, não vem cá ninguém” foi o que Maria Caldeira de Sousa e Rui Sousa mais ouviram quando há cinco anos se instalaram em Idanha-a-Nova, vindos de Lisboa. “Mas depois vêem o fruto do trabalho e surpreendem-se.”
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.