Portugal e Espanha assumem candidatura ao Mundial 2030
Presidente da Real Federação Espanhola já comentou o projecto ibérico, que terá Marrocos e a coligação sul-americana Uruguai-Argentina-Paraguai-Chile como adversários
Portugal e Espanha deverão anunciar, formalmente, no fim do encontro particular desta quarta-feira em Alvalade, a candidatura conjunta à organização do Campeonato do Mundo de futebol de 2030, que se seguirá aos torneios do Qatar-2022 e Canadá-Estados Unidos-México em 2026.
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, e o presidente da Real Federação Espanhola (RFEF), Luis Rubiales, assinaram um protocolo antes do encontro de preparação das respectivas selecções nacionais desta noite, no sentido de “impulsionar a candidatura conjunta à organização do Mundial 2030” refere nota publicada no site oficial da FPF, e “estabelecer estratégias comuns e plataformas de cooperação a nível técnico de organização de eventos desportivos”, prossegue a FPF, sublinhando a “união de esforços em diversas áreas”, como a responsabilidade social.
A candidatura ibérica surge depois de em 2019 ter sido admitida a possibilidade, com a FPF a sublinhar a vantagem de não ser necessário um investimento em infraestruturas, já que as condições foram criadas há 16 anos com a construção de novos estádios para a realização do Europeu de 2004.
Na altura, Portugal garantiu a organização do Euro - em que a selecção lusa se sagrou vice-campeã - precisamente numa disputa com as candidaturas espanhola, e austro-húngara.
O posicionamento de Portugal e Espanha, já como aliados, foi assumido numa candidatura conjunta aos Mundiais de 2018 e 2022, cujas fases finais foram atribuídas a Rússia e Qatar.
Luis Rubiales confirmou, entretanto, à imprensa espanhola a intenção de avançar com uma candidatura conjunta, apoiada politicamente por Pedro Sánchez e António Costa, cuja final seria disputada no futuro Santiago Bernabéu.
De acordo com declarações ao jornal espanhol Marca, Rubiales sustenta que “este acordo significa um passo importante para o projecto comum das federações, bem como para os dois países. O futebol e o desporto são uma ferramenta magnífica para injectar força e vontade de superação nestes momentos de grande dificuldade”, expressou Rubiales, convicto de que “poucas coisas podem gerar mais ilusão que a oportunidade de organizar um Mundial e não nos ocorre melhor parceiro do que Portugal”.
A eleição decorrerá em 2024, no congresso da FIFA, que projecta para 2030 um Mundial com 48 equipas.