Detida mulher suspeita de enviar envelope com ricina para Donald Trump
Pacote com substância venenosa dirigida à Casa Branca foi interceptado na semana passada.
Uma mulher de nacionalidade canadiana foi detida por suspeita de ter enviado um envelope com ricina, um veneno de origem vegetal que pode causar a morte, para a Casa Branca, tendo como destinatário o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
De acordo com o The New York Times, que cita as autoridades norte-americanas, a mulher, cuja identidade não foi revelada, foi detida no domingo em Buffalo, Nova Iorque, quando tentava entrar nos Estados Unidos vinda do Canadá.
Segundo o mesmo diário norte-americano, no último ano, a mulher viveu nos Estados Unidos, tendo sido deportada em Março de 2019 por participar em actividades criminosas. Foi detida na posse de uma arma de fogo e está sob custódia das autoridades fronteiriças.
Durante o fim-de-semana, foi noticiado que um pacote com ricina, ao que tudo indica com origem no Canadá, foi interceptado na semana passada. As autoridades norte-americanas estão a investigar o caso, mas descartam qualquer motivação terrorista.
Esta foi a segunda vez que alguém tentou enviar um envelope com ricina para Donald Trump. Em 2018, as autoridades federais interceptaram um pacote com aquela substância venenosa, tendo sido determinado que o mesmo foi enviado por um veterano da marinha norte-americana, que confessou o crime.
Em 2013, foram enviadas cartas com vestígios de ricina para o então Presidente norte-americano Barack Obama, bem como para outros membros da Casa Branca. Um homem do Mississippi foi condenado a 25 anos de prisão no ano seguinte.
A ricina é uma substância produzida a partir do processamento da mamona. Se for ingerida, inalada ou injectada, pode causar náuseas, vómitos e hemorragias internas, levando à falência de órgãos. De acordo com o Centro para Prevenção e Controlo e de Doenças (CDC), se uma pessoa for exposta à ricina pode morrer passadas 36 a 72 horas, dependendo da dose ingerida.