Um espectáculo para acabar com a invisibilidade
Aurora Negra, de Cleo Tavares, Isabél Zuaa e Nádia Yracema, é uma peça desequilibrada, e a espaços panfletária, mas que cumpre com eficácia a sua urgente tarefa.
Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina etc. – que o nome é longo e agora não interessa nada –, isto é, D. Maria II, rainha duas vezes, mãe compulsiva, senhora de suas convicções e interesses e apurado sentir do dever, parece pouco provável interlocutora de três actrizes negras mais de 160 anos depois de morrer, mesmo no teatro a que deu nome. Porém, foi ela a escolhida como “aliada” pelas criadoras de Aurora Negra, espectáculo emocional e de intervenção política, um pouco desequilibrado, a espaços panfletário.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.