Choque com Espargaró retirou Oliveira do GP da Áustria
Andrea Dovizioso foi o vencedor e Zarco foi o protagonista de um acidente que provocou o maior susto da carreira de Valentino Rossi.
Pela segunda vez esta temporada Miguel Oliveira foi obrigado a abandonar uma corrida após uma colisão com um colega da KTM. Depois de Brad Binder ter retirado de prova o português logo na primeira curva do Grande Prémio (GP) da Andaluzia (segundo prova da temporada), este domingo foi a vez de Pol Espargaró, chocar com o jovem de Almada, a 11 voltas do final do GP da Áustria, quando se encontrava na sexta posição e bem colocado para atacar o pódio.
Sem esconder a frustração, Oliveira chegou às boxes e pontapeou as cadeiras perante a consternação dos elementos da Tech3, equipa satélite da KTM. Mais calmo, contou como viveu mais este desaire.
Disaster for KTM! ??@polespargaro and @_moliveira88 are both out! ??#AustrianGP ???? pic.twitter.com/cpJNELkvi6
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“O Pol estava a ter dificuldades nas travagens e vi que ele estava a sair largo em algumas curvas. Na curva quatro reparei que ele saiu muito largo mesmo, pelo que tentei ir por dentro [da curva]. Normalmente, quando um piloto alarga a trajectória, quem vem atrás tenta tirar vantagem disso, mas ele regressou muito depressa [à trajetória] e colidimos”, explicou em declarações à sua assessoria de imprensa.
Já Espargaró, que chegou a liderar por breves instantes a corrida, deu a sua versão do incidente através da sua página pessoal na rede social Instagram. Numa mensagem gravada em inglês e em castelhano, o espanhol revelou que já falou com Oliveira, tendo ambos chegado à conclusão de que a culpa não foi de nenhum e que o acidente não poderia ter sido evitado.
Uma frustração para os responsáveis da KTM, que depositavam grandes esperanças em alcançar um grande resultado na pista austríaca. O melhor que conseguiu foi o quarto lugar de Brad Binder, o estreante piloto sul-africano que já fez história ao alcançar o primeiro triunfo do construtor na categoria máxima de MotoGP, há uma semana, no GP da República Checa.
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O acidente entre Oliveira e Espargaró não foi o único e não foi definitivamente o mais espectacular da corrida deste domingo, que teve duas partidas. Logo à nona volta, Johann Zarco provocou um choque com Franco Morbidelli, com as motos dos dois pilotos a voarem desgovernadas e a passarem, como balas, entre Maverick Viñales e Valentino Rossi, sem, miraculosamente, atingirem nenhum.
Rossi garantiu mesmo que apanhou “o maior susto da carreira”, criticando duramente Zarco pelo sucedido.
Após a segunda partida, Andrea Dovizioso iria superiorizar-se à concorrência, levando a Ducati – de onde anunciou este sábado estar de saída – à sua 50.ª vitória em MotoGP.